Montevidéu, 17 jun (RV) - O Bispo de Salto, Uruguai, Dom Pablo Galimberti,
pediu que o esporte seja um meio educativo e não uma mera competição, porque graças
ao jogo, a anarquia é substituída por “vínculos próprios de um nível civilizado”.
No
meio do ambiente festivo pelo início do Mundial de Futebol da África do Sul 2010,
o Prelado destacou as virtudes da prática esportiva. “A atração pelo futebol tem profundas
raízes e diz muito sobre o que cada um é. De fato, a vida não se rege apenas por obrigações
mas também pelo que é livre, se ritualiza no jogo, demanda competição e superação”,
afirmou.
“O jogo é o símbolo da luta”, destacou, ao assinalar que o ser humano
luta “contra forças hostis ou contra si mesmo, ou seja, o medo, a debilidade, complexos,
dúvidas, enfermidades, etc. Inclusive quando os jogos são simples passatempo, escondem
um pingo de vitória, ao menos para quem deseja”.
Nesse sentido, afirmou que
como meio educativo a dinâmica do jogo se assemelha com a vida real, pois em primeiro
lugar está a entrega total da pessoa, “em segundo lugar se deve respeitar regras para
que viver não signifique pura selvageria. Em terceiro lugar dispomos de um cenário
para exercer nossa liberdade ou criatividade, traçar estratégias de resistência e
dosar energias e tempos até o último segundo”.
Por isso, o bispo alentou a
fomentar o jogo sempre que este “seja educativo e não meramente competitivo”. (SP)