PERU: PADRE ITALIANO ACUSADO DE INSTIGAR REVOLTA AFIRMA ESTAR TRANQUILO
Lima, 16 jun (RV) - O sacerdote italiano Pe. Mario Bartolini, acusado pela
Justiça peruana de ter instigado a comunidade indígena a se rebelar contra autoridades
há cerca de um ano, disse estar "tranquilo", ao mesmo tempo em que reiterou "não ter
cometido nenhum crime".
"Estou tranquilo pelo fato de não ter cometido nenhum
delito e, sobretudo, quando se trata de defender as pessoas mais humildes" - afirmou
em declarações à ANSA, horas antes de prestar depoimento em um tribunal do departamento
de Loreto, que faz fronteira com Brasil, Colômbia e Equador.
O religioso,
que tem 72 anos e vive há 32 na América do Sul, foi indiciado por instigar indígenas
a enfrentarem a Polícia Nacional, ocasionando um confronto que deixou pelo menos 30
mortos em junho de 2009.
Pe. Bartolini tinha uma posição austera contra o
desmatamento e discordava do trabalho do grupo Romero, uma multinacional de biodiesel
presente na região. Segundo a Procuradoria, ele teria usado sua emissora de rádio,
A Voz de Cainarachi, para conclamar ao conflito.
O sacerdote é processado
pela suposta autoria de três delitos, entre eles rebelião e instigação à revolta.
A Procuradoria pede uma pena de 11 anos de reclusão, além de sua expulsão do país.
(AF)