Jerusalém, 15 jun (RV) - Em entrevista concedida à Caritas, na última 6ª feira,
o patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, pediu o fim do bloqueio a Gaza: “Nenhum
povo deveria sofrer isso” – disse.
O patriarca explica que a ocupação impede
as pessoas de terem uma vida normal, de se deslocar livremente, como todo mundo: “Isso
não é vida. Nós só queremos ser um povo como os demais, não queremos privilégios.
Esse conflito dura há décadas e as pessoas estão cansadas, marcadas pela guerra, muitas
têm suas casas destruídas”.
Em relação às ajudas, Dom Twal sublinha que além
da assistência oferecida pela Caritas nos campos social, de saúde e de educação, “o
que mais precisamos é o que ainda não conseguimos: paz”.
“A ajuda que recebemos
é como a aspirina: alivia, mas não é uma solução duradoura” – disse o patriarca, como
publicado pela Zenit.
A Caritas atua nos territórios palestinos ocupados desde
a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e através de seus projetos, o patriarca se diz disposto
a contribuir para a aproximação dos povos.
“A violência continua, mas nossa
caridade também. Nossas escolas e nossos hospitais permanecem abertos. As crianças
brincam juntas, comem juntas, rezam juntas; este é o melhor diálogo que existe, a
melhor maneira de se abrir” – defendeu, acrescentando que “as novas gerações de jovens
palestinos e israelenses nasceram em um clima de violência e cresceram sob a violência
da ocupação”.
Neste sentido, Dom Twal considera que “há uma grande responsabilidade
que os líderes religiosos e políticos devem assumir. Todos devem se perguntar o que
podem fazer para apresentar a paz a esta nova geração”. (CM)