Brasília, 15 jun (RV) - O coordenador da Campanha da Comissão Pastoral da Terra
(CPT) de Combate ao Trabalho Escravo, o dominicano francês, Frei Xavier Plassat,
foi um dos nove selecionados pelo governo dos Estados Unidos, como ‘herói’ no combate
ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas no mundo. Nesta segunda-feira, 14, foi
lançado o relatório anual ‘Tráfico Internacional de Pessoas’, em Washington. Participou
da solenidade a secretária de Estado norte-americano, Hilary Clinton.
A homenagem
acontece anualmente e é organizada pelo Departamento de Estado dos EUA, que escolhe
indivíduos ao redor do mundo que se dedicam à luta contra o tráfico de seres humanos.
Os
escolhidos geralmente são militantes de ONGs e movimentos sociais, legisladores, policiais
e cidadãos interessados, que estão empenhados em acabar com a escravidão moderna.
Eles são reconhecidos por seus esforços incansáveis - apesar da resistência da oposição,
e ameaças às suas vidas - em proteger as vítimas, punir os criminosos, e sensibilizar
a população contra práticas criminosas em seus países e no exterior.
Além do
Frei Xavier Plassat, foram escolhidos, também, Aminetou Mint Moctar, da Mauritânia;
Natalia Abdullayeva, do Uzbequistão; Linda Al-Kalash, da Jordânia; Ganbayasgakh Geleg,
da Mongólia; Christine Sabiyumva, de Burundi; Sattaru Umapathi, da Índia; Irén Adamné
Dunai, da Hungria; e Laura Germino, dos Estados Unidos.
O grupo permanece nos
Estados Unidos até o dia 19 de junho, participando de atividades com a sociedade,
governo e imprensa, a fim de sensibilizar o país e o mundo sobre a questão da escravidão
contemporânea e o tráfico de pessoas. Segundo Frei Xavier, está sendo uma oportunidade
de trocar experiências com os engajados de outros países, conhecendo a sua realidade,
dificuldades e êxitos no combate ao trabalho escravo e ao tráfico humano.
Em
dezembro de 2009, Frei Xavier, juntamente com mais dois dominicanos, Freis Henri Burin
dês Roziers e Jean Raguenes foram homenageados por sua atuação social no Brasil, na
luta contra o trabalho escravo e as violências agrárias. A homenagem foi idealizada
pela embaixada francesa em Brasília e fez parte das comemorações do Ano da França
no Brasil. (CM)