2010-06-14 16:58:14

QUÊNIA: AUMENTA PARA CINCO NÚMERO DAS VÍTIMAS DE EXPLOSÃO


Nairóbi, 14 jun (RV) - Pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas neste domingo, em duas explosões ocorridas em Nairóbi, durante uma concentração contra o projeto de nova Constituição do Quênia, segundo o jornal local "Sunday Nation".

Segundo o site do jornal, duas explosões ocorreram no local, no momento em que um sacerdote conduzia as orações, ao término da manifestação que se realizou de forma totalmente pacífica.

"É um incidente lamentável, que condeno nos termos mais firmes possíveis" – declarou à imprensa, o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, que se dirigiu ao local do incidente.

A concentração, da qual participaram milhares de pessoas, contou com a presença de dirigentes religiosos e políticos que se opõem ao projeto de Constituição aprovado pelo Parlamento, e que deve ser ratificado ou rejeitado no dia 4 de agosto.

O protesto encerrou-se às 18h (hora local, 14h de Brasília), horário limite imposto para a realização de eventos do gênero. Todavia, um dos líderes religiosos, o pastor James Ngang, prosseguiu com as orações e, meia hora depois, ocorreram as explosões.

A primeira delas, segundo testemunhas citadas pelo jornal, aconteceu fora da área de concentração. Apesar de ter havido alguns feridos na primeira explosão, o pastor disse aos presentes que não tivessem medo e continuou com as orações.

Logo depois, uma segunda explosão atingiu em cheio o grupo, provocando mortes e ferimentos, e a fuga dos manifestantes. Os feridos foram levados a vários hospitais de Nairóbi.

No dia 4 de agosto próximo, realizar-se-á um referendo no Quênia, para a aprovação da nova Constituição do país, já aprovada pelo Parlamento no início de abril passado.

A redação de uma nova constituição foi um dos pontos estipulados pelo Governo de coalizão nascido no Quênia, após a violência pós-eleitoral do início de 2008, depois que Raila Odinga acusou o presidente Mwai Kibaki de ter fraudado as eleições de 27 de dezembro de 2007, para ser reeleito. A denúncia de Odinga fez eclodir uma nova onda de violência que terminou apenas quando os dois rivais políticos chegaram a um acordo, mediado pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, para formar um Governo de coalizão e implementar uma série de reformas estruturais no país. (AF)








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