Belém, 12 jun (RV) - O Secretariado e as Pastorais do Regional Norte 2 (Amapá
e Pará) da CNBB manifestaram preocupação com as duas decisões, em poucos dias (07
e 09/06), do Tribunal de Justiça do Estado, que mantém em liberdade Regivaldo Galvão,
mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, e o condenado por estupro de
uma criança de nove anos de idade, o ex-deputado Luiz Afonso Seffer.
O primeiro
condenado a 30 anos de prisão por um júri popular e o segundo a 21 anos de prisão
por uma juíza de primeiro grau.
"Os dois casos são emblemáticos e as punições
representaram um alento para os que clamam por justiça e uma esperança de dias melhores
para o povo sofrido do nosso Estado, que sofre com a violência praticada por aqueles
que acham que tudo podem" – lê-se na nota do Regional Norte 2.
A entidade
pede um debate crítico sobre o papel das instituições públicas, em especial do Poder
Judiciário: "Não é hora de recuarmos, de sentirmos medo, mas sim de buscar discutir,
junto aos diversos seguimentos da sociedade, alternativas que viabilizem, efetivamente,
a quebra da corrente da impunidade". (BF)