2010-06-12 14:09:36

Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil : 215 milhões de crianças trabalham para sobreviver


(12/6/2010) O director geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia, aproveitou hoje o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil para defender a necessidade de “uma campanha revitalizada” contra esta realidade que afecta cerca de 215 milhões de crianças em todo o mundo.

Enquanto milhares de pessoas desfrutam da excitação do Campeonato Mundial de Futebol, cerca de 215 milhões de crianças trabalham para sobreviver.



A educação e os jogos são um luxo para eles. Os progressos relativamente ao fim do trabalho infantil estão a enfraquecer, e nós não estamos no bom caminho para pôr fim às piores formas de trabalho infantil até 2016”, considerou Somavia.



Vamos aproveitar a inspiração do Mundial de Futebol, e enfrentar este desafio com a energia, a boa estratégia e a determinação para atingir este objectivo”, defende o líder da Organização Internacional do Trabalho numa mensagem alusiva à data.



No prefácio do terceiro Relatório Global sobre o Trabalho Infantil, Somavia defendeu a necessidade de “esforços renovados e ampliados” para que ainda possam ser atingidos os objectivos traçados para 2016.



O último relatório global, elaborado há quatro anos, mostrou que o trabalho infantil estava em declínio devido à mobilização generalizada dos governos, organizações de empregadores e de trabalhadores, empresas e consumidoreJuan Somavia reconheceu que foram conseguidos “progressos substanciais a nível mundial” mas refere que as conclusões do novo relatório global “são contraditórias” e suscitam motivos de preocupação.



Por um lado apontam para um declínio do trabalho infantil entre as meninas e as crianças envolvidas em trabalhos perigosos e por outro mostram que o trabalho infantil aumentou no grupo etário dos 15 aos 17 anos.

O director geral da OIT considerou que “o declínio económico não pode tornar-se uma desculpa para menor ambição e para a inércia”, relativamente ao combate ao trabalho infantil.

Assim, para o futuro defendeu o reforço da garantia e ampliação do acesso à educação básica universal, a criação de uma plataforma de protecção social básica e a promoção de oportunidades de emprego para os progenitores, de modo a evitar situações de pobreza e de trabalho infantil.








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