FUNDAÇÃO AIS LANÇA OBRA SOBRE "SACERDOTES HEROICOS"

Lisboa, 09 jun (RV) - A fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lança, no próximo dia 17, na Igreja do Sacramento, em Lisboa, a obra "Sacerdotes heroicos", que narra doze histórias de sacerdotes do nosso tempo, e que será oferecida a cada participante, assinalando, assim, a conclusão do Ano Sacerdotal proclamado por Bento XVI.



O lançamento contará com a presença do autor, John Pontifex, responsável pelo setor de informação do secretariado inglês da AIS, bem como de um dos "herois" retratados no livro, Pe. Peter Shekelton, sacerdote de origem inglesa que trabalha como missionário no Brasil, onde atende jovens que caíram na criminalidade, prostituição e dependência de drogas.



Durante o verão, Pe. Peter visita as aldeias e povoados da Amazônia que, às vezes, passam anos sem receber a visita de um sacerdote. Na companhia de jovens, percorre cerca de três mil quilômetros, para visitar os fiéis que esperam ansiosos a chegada de sacerdotes e jovens evangelizadores. Durante muito tempo, sonham em vê-los celebrar a santa missa e receber os sacramentos, pelo menos uma vez por ano.



Atualmente, Pe. Peter visita essas aldeias todos os anos. "Quando chego, no ano seguinte, fico sabendo da morte de muitos fiéis aos quais administrei os sacramentos. Alguns morrem literalmente no dia seguinte, como se tivessem esperado pelos sacramentos para morrer" – conta o jovem sacerdote.



A fundação Ajuda à Igreja que Sofre considera que o Ano Sacerdotal foi particularmente rico para a organização, que tem como missão, entre outras coisas, ajudar os sacerdotes, desde a sua formação no seminário e durante toda a sua vida, com formação contínua, ajuda de subsistência e meios de evangelização. Essa é uma tarefa essencial da AIS, e que diferencia de todas as outras organizações de ação social.



"Num momento em que a figura do sacerdote está sendo questionada e atacada, por causa dos escândalos de abusos sexuais, vale a pena mostrar as faces desses padres que vivem para os outros, se consomem a serviço da comunidade e, muitas vezes, entregam a própria vida de forma dramática, por amor e fidelidade a Cristo" – diz a fundação católica internacional. (AF)