2010-06-07 18:13:12

PE. LOMBARDI SOBRE VIAGEM DO PAPA A CHIPRE: VISITA SUPEROU EXPECTATIVAS


Cidade do Vaticano, 07 jun (RV) - Bento XVI concluiu neste domingo a sua XVI viagem apostólica internacional, que o levou, desta vez, à República de Chipre. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi – também Diretor-Geral da Rádio Vaticano – traçou para a nossa emissora um balanço da visita do Papa à Ilha. Eis o que disse:

Pe. Federico Lombardi:- "É uma avaliação muito positiva no contexto da qual esta visita se soma às duas viagens precedentes. Uma coisa que impressiona é que no espaço de pouco mais de um mês e meio tivemos três viagens do Papa ao exterior, todas elas coroadas, diria, de grande sucesso em relação aos objetivos que se poderia esperar, indo além deles. Parece-me que os grandes resultados podem ser notados no campo ecumênico. Justamente este abraço de paz durante a missa da manhã do domingo, entre o Papa e Chrysostomos, é o símbolo deste encontro. Além disso, foi certamente um evento absolutamente histórico para a comunidade católica cipriota, em seus diferentes componentes, com momentos muito bonitos, entusiasmantes. Na missa deste domingo foram distribuídas 8.500 comunhões, o que significa que estavam presentes ao menos 10 mil católicos, que são uma parte substancial, a maior parte, pode-se dizer tranquilamente, dos católicos presentes na Ilha. É claro, jamais tinham tido um momento de união e de entusiasmo, de mútuo apoio na fé, como o que se viveu na missa do domingo, em que tiveram no centro o Pastor universal. E diria que também do ponto de vista do povo de Chipre em geral, e também de suas autoridades, a viagem foi muito rica e expressiva. As autoridades, tanto políticas quanto religiosas, manifestaram com muita intensidade as suas expectativas, os seus problemas, ligados também à situação de divisão da Ilha, de risco de perda do patrimônio cultural cristão, e assim por diante. E o fizeram com muita clareza, aproveitando também da ocasião de ter um convidado tão importante. Por sua vez, o Papa respondeu com grande equilíbrio e com clareza, defendendo os princípios fundamentais da convivência: o respeito pelos direitos da pessoa humana e o direito de poder voltar aos lugares de origem, para aqueles que tiveram que deixar tais lugares, o direito a manter-se em comunicação com eles, o direito à liberdade religiosa, à liberdade de consciência, à liberdade de culto.

P. Encontravam-se presentes na missa todos os patriarcas e numerosos bispos das Igrejas do Oriente Médio e o Papa entregou-lhes o Instrumentum laboris (Instrumento de trabalho). Qual a importância desse momento?

Pe. Federico Lombardi:- "O Sínodo é a resposta principal que nestes meses o Papa busca dar aos problemas dos católicos e dos cristãos no Oriente Médio, que são problemas muito graves. Sabemos quantas violências eles sofrem, o risco de serem obrigados à emigração, a abandonar estas terras fundamentais para a nossa fé. E então o Sínodo significa reunir os diferentes componentes – que são muitos – da Igreja no Oriente Médio, para dar-lhe novamente força, dignidade, entusiasmo para realizar nessa terra o seu testemunho e a sua missão, mesmo estando em condições de minoria." (RL)







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