Nicósia, 05 jun (RV) – Os vinte mil católicos de Chipre são chamados a “viver
a fé no mundo unindo vozes e ações para a promoção dos valores do Evangelho que chegaram
através de gerações de cristãos cipriotas”: foi o que disse o Papa Bento XVI no encontro
desta manhã na Escola de São Maron, em Nicósia, com a comunidade católica da ilha.
“Esses
valores, profundamente enraizados nas suas culturas, como também no patrimônio da
Igreja universal, devem continuar a inspirar – recomendou o Papa – os seus esforços
de promover a paz, a justiça e o respeito pela vida humana e a dignidade de todos
os cidadãos”.
Segundo o Santo Padre, “a fidelidade dos católicos ao Evangelho”
“assegurará benefício a toda a sociedade cipriota”. “Caros irmãos e irmãs – disse
o Papa dirigindo-se aos fiéis – devido à sua particular situação, desejo também chamar
a atenção de vocês para uma parte essencial da vida e missão da nossa Igreja, ou seja,
a busca de uma maior unidade na caridade com os demais cristãos e o diálogo com aqueles
que não são cristãos”.
“Desde o Concílio Vaticano II – recordou – a Igreja
está comprometida a continuar no caminho de uma maior compreensão com os nossos irmãos
cristãos manifestando uma mais estreita ligação de amor e amizade entre todos os batizados.
Na particular situação em que vocês vivem, vocês podem dar uma contribuição pessoal
para o conseguimento de uma maior unidade cristã na vida cotidiana”.
No seu
discurso à comunidade católica o Papa sublinhou ainda que neste Ano Sacerdotal que
está se encerrando, a Igreja ganhou uma renovada consciência da necessidade de sacerdotes
bons, santos e bem preparados. “Ela deseja homens e mulheres religiosos completamente
submissos a Cristo, dedicados a difundir o reino de Deus sobre a terra”.
O
Papa exortou ainda os maronitas, uma antiga igreja oriental unida a Roma, a “olhar
à profunda comunhão com o catolicismo presente no mundo inteiro. Em Chipre, durante
a invasão turca de 1974, muitos maronitas foram obrigados a fugir e a se transferir
para o sul, abandonando as suas casas e vilarejos. Apesar do pequeno número de católicos
a acolhida ao Papa nesta manhã foi cheia de calor e afeto.
O Santo Padre fez
o seu discurso no pátio da escola, diante de centenas de famílias e crianças. (SP)