Cidade do Vaticano, 04 jun (RV) – Um pequeno país, uma grande viagem: assim
se pode definir a visita que Bento XVI inicia esta sexta-feira a Chipre, no Mediterrâneo.
Uma
grande viagem por vários aspectos: trata-se da primeira visita de um Papa a esta Ilha
e a primeira vez que Bento XVI visita um país de maioria ortodoxa. De fato, os católicos
representam pouco mais de 3% da população, com apenas 15 sacerdotes que atendem a
comunidade católica, que está sob a jurisdição do Patriarcado Latino de Jerusalém.
Do
ponto de vista pastoral, destacam-se três aspectos desta viagem: o paulino, já que
Chipre constitui a primeira etapa missionária de São Paulo. O ecumênico, pois Bento
XVI viaja a convite também do Arcebispo Ortodoxo Crisóstomo II. O católico, presente
em toda viagem de um pontífice, em que conhece e encoraja a comunidade local. E, por
fim, o aspecto do Sínodo, pois Bento XVI entregará o Instrumento de trabalho aos patriarcas
e bispos do Oriente Médio.
Há também um aspecto político importante, pois
Chipre, desde 1974, vive dividida entre a presença turca no norte da Ilha e os greco-cipriotas
no sul. Na fronteira, a ONU garante a segurança.
Sob o lema "Um só coração,
uma só alma", a viagem tem início às 12h locais, com a cerimônia de boas-vindas no
Aeroporto Internacional de Paphos e o primeiro discurso do pontífice. À tarde, o segundo
e último compromisso público de Bento XVI será na Igreja de Agia Kiriaki Chrysopolitissa,
para uma celebração ecumênica.
A seguir, o Papa se transfere a Nicósia, capital
da Ilha, onde pernoitará na Nunciatura Apostólica. (BF)