Bento XVI ao encontro de Chipre e do Médio Oriente
(4/6/2010) Bento XVI iniciou esta Sexta-feira a primeira visita de um Papa a Chipre,
país com cerca de 25 mil católicos, pouco mais de três por cento da população, estimada
em 800 mil habitantes.
Um barco empurrado pelo vento – uma das imagens do Espírito
Santo –, uma vela com os contornos do país e uma rede lançada ao mar com alguns peixes
já apanhados – símbolo da conversão à mensagem evangélica – constituem os elementos
gráficos que ilustram a visita do Papa.
O território acolhe uma diocese e treze
paróquias, que têm ao seu serviço dois bispos, 12 padres diocesanos e 18 pertencentes
a congregações, 12 religiosos e 42 religiosas, assim como um seminarista.
A
Igreja é responsável por 18 escolas primárias e pré-primárias e quatro do ensino secundário,
frequentadas por cerca de 6300 estudantes, além 12 unidades de saúde.
Do ponto
de vista do diálogo ecuménico, a viagem á Republica de Chipre vai ser marcada pela
visita neste sábado dia 5, à sede arquidiocesana ortodoxa de Nicósia, onde almoça
com o arcebispo Crisóstomo II.
No Domingo, 6 de Junho, Bento XVI preside à
missa por ocasião da publicação do instrumento de trabalho da Assembleia Especial
para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, que decorre em Roma no mês de Outubro proximo.
Para
o coordenador da visita do Papa, o arcebispo maronita de Chipre, Youssef Soueif, Bento
XVI “é um homem de diálogo, de paz e de justiça”, pelo que a sua estadia” vai reforçar
todos esses valores dos quais a nossa sociedade tem necessidade”.
Por seu lado,
a Igreja Ortodoxa Cipriota assinalou que a visita de Bento XVI é um “sinal de amor
e fraternidade” e uma oportunidade para apresentar a sua “longa experiência de multiculturalismo,
mostrando como católicos, ortodoxos e muçulmanos podem viver juntos apesar das diferenças
religiosas”.