Genebra, 02 jun (RV) – Um dos objetivos do milênio para o desenvolvimento,
promovido pelas Nações Unidas, diz respeito à questão da saúde. Entre os maiores impedimentos
para alcançar a meta está a carência de profissionais de saúde em vários países do
continente africano, como indica um elenco recentemente publicado.
O Chade,
que tem menos de um médico para cada 20 mil pessoas e somente quatro leitos hospitalares
para cada 10 mil habitantes, é um dos países com a pior assistência sanitária no mundo.
O país precisaria de 3 vezes mais agentes de saúde.
No Burundi, onde a malária
é responsável por 40% das consultas médicas e de 47% das mortes, há somente um médico
para cada 35 mil pessoas e dois enfermeiros para cada 10 mil. O governo oferece assistência
materna e infantil gratuita e tratamento médico aos soropositivos, mas no país falta
pessoal qualificado.
Na Etiópia, um dos países africanos mais populosos, há
menos de um médico para cada 36.407 pessoas. Na Tanzânia, o Ministério da Saúde informa
que, em 2007, havia 1339 médicos, principalmente na capital, com um doutor para cada
10 mil habitantes.
Em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, há somente
548 médicos para uma população estimada em mais de 22 milhões de pessoas. A recente
instabilidade política e econômica no país fez com que mais de 50% dos centros públicos
de saúde encerrassem suas atividades. (RD)