2010-06-02 12:53:28

DIGNIDADE AOS IMIGRANTES MEXICANOS NOS EUA


Acapulco, 02 jun (RV) - No sequência da série de declarações episcopais dos EUA e México, agora é a vez do Arcebispado de Acapulco (México) pedir aos presidentes do México e do Estados Unidos responsabilidade no tratamento aos migrantes. Na declaração oficial, de 24 de maio, intitula-se “Contas pendentes entre o México e os Estados Unidos”, a Arquidiocese trata da violência derivada do tráfico de armas.

A Arquidiocese publicou o comunicado em concomitância com a visita do Presidente Felipe Calderón aos Estados Unidos, vista pelos bispos como uma “oportunidade para colocar à mesa dois pontos críticos e dolorosos que representam contas pendentes entre os dois países: o tratamento reservado aos migrantes mexicanos e a violência no México relacionada ao tráfico de armas provenientes de seu vizinho do norte”.

A declaração explica que o presidente do México pediu ao Congresso dos Estados Unidos duas coisas: uma lei que detenha o tráfico de armas daquele país para o México e a reforma na lei do estado do Arizona.

Em relação ao tráfico de armas, a Arquidiocese constata que “nos EUA prevalecem legislações liberais, que permitem seu comércio de modo indiscriminado, produzindo efeitos negativos para o México”.

Sobre a lei migratória do Arizona, os bispos explicam que “não houve um tratamento humanitário a esta questão, pois prevaleceram critérios econômicos e pragmáticos no modo de abordar a situação de milhões de estrangeiros ilegais mexicanos e de outros países, que entram nos EUA para buscar oportunidades melhores de vida”.

Perante esta situação, a Arquidiocese espera uma co-responsabilidade entre os dois governos: a Calderón requer-se uma visão mais ampla e integral da luta contra o crime organizado, que vá além da repressão aos grupos criminosos; e a Obama, que promova atitudes mais solidárias e responsáveis. “Seu poder deve ser exercido não apenas do manejo de assuntos internacionais para proveito econômico ou político, mas num maior sentido de humanidade e de apoio aos países mais pobres”. (CM)







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