Liverpool, 1º jun (RV) – Pio XII não foi o "Papa de Hitler". Foi o que afirmou
o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal
Walter Kasper, falando nos dias passados, na Liverpool Hope University (Inglaterra)
sobre o relacionamento entre judeus e cristãos.
O Card. Kasper rechaçou a expressão
usada como título de um livro de John Cornwell, estudioso britânico autor de vários
livros, entre os quais, precisamente, “O Papa de Hitler” (Hitler’s Pope), sobre o
comportamento de Pio XII durante a guerra. O purpurado explicou que os arquivos históricos
que falam do papado de Pio XII, que durou de 1939 a 1958, serão abertos aos especialistas
“no prazo de cinco ou seis anos”.
Os ensinamentos do Concílio Vaticano II,
como são ilustrados na declaração “Nostra aetate”, que reconhece as raízes judaicas
do Cristianismo e condena o antissemitismo, são “irrevogáveis”, disse o Cardeal, acrescentando
que o “Papa Pacelli escondeu 5.500 judeus no Vaticano e em Castel Gandolfo, sua residência
de verão”. (SP)