JESUS É O VERDADEIRO E ÚNICO TESOURO QUE TEMOS E DEVEMOS DAR À HUMANIDADE
Cidade do Vaticano, 1º jun (RV) - "Caros irmãos e irmãs, com
grande alegria, me uno a vocês, ao término deste tradicional encontro de oração que
conclui o mês de maio no Vaticano": com essas palavras, Bento XVI deu início à sua
saudação aos fiéis e peregrinos reunidos em torno da Gruta de Lourdes, nos jardins
vaticanos, para o encerramento do mês de maio, dedicado a Maria Santíssima.
Referindo-se
à liturgia de ontem, que nos narra a visita de Maria à sua prima, Isabel, grávida
e não mais jovem, o papa sublinhou que nessa visita podemos reconhecer o exemplo mais
límpido e o significado mais verdadeiro do nosso caminho como fiéis e do caminho da
própria Igreja: "A Igreja é, por sua natureza, missionária; é chamada a anunciar o
Evangelho em todos os recantos do mundo, e a transmitir a fé a cada homem e mulher,
em todas as culturas."
A viagem de Maria – refletiu o pontífice – foi uma "autêntica
viagem missionária", a mesma viagem – para fora de nós mesmos, para além das nossas
limitações – que Cristo pede a cada um de nós, para darmos testemunho d'Ele, até os
confins da Terra.
Maria permanece com a prima Isabel por três meses – narra
o evangelista Lucas. Ela soubera, por intermédio do Anjo, que Isabel estava grávida
de seis meses. Isabel já não era mais jovem e a presença da jovem Maria a seu lado
podia ser-lhe muito útil. Eis porque Maria foi ter com ela e ali permaneceu: para
oferecer-lhe aquela afetuosa proximidade, aquela ajuda concreta e aqueles serviços
cotidianos de que Isabel tanto necessitava.
"Isabel – sublinhou o papa – torna-se,
assim, o símbolo das pessoas idosas e doentes, de todos aqueles que necessitam de
ajuda e de amor. E quantas destas existem, ainda hoje, em nossas famílias, em nossas
comunidades e em nossas cidades!"
Mas a caridade de Maria não se detém na ajuda
concreta; ela vai além; ela faz com que a prima encontre Jesus. De fato – narra o
evangelista Lucas – logo que viu Maria, o bebê de Isabel mexeu-se no seu ventre: "É
o fulcro e o ápice – disse o Santo Padre – da missão evangelizadora; é o significado
mais verdadeiro e o objetivo mais genuíno de todo percurso missionário: doar aos homens
o Evangelho vivo e pessoal, que é o próprio Senhor Jesus." "Jesus é o verdadeiro e
único tesouro que temos e devemos dar à humanidade. É d'Ele que os homens e mulheres
do nosso tempo sentem a falta, ainda quando parecem ignorá-Lo ou recusá-Lo. É d'Ele
que tem necessidade a sociedade em que vivemos, a Europa e o mundo inteiro" – frisou
Bento XVI.
O papa concluiu, sublinhando que devemos viver com alegria e empenho
essa extraordinária responsabilidade que nos é confiada, a fim que a nossa civilização
seja, realmente, "uma civilização na qual reinem a verdade, a liberdade e o amor,
pilastras fundamentais e insubstituíveis de uma verdadeira convivência ordenada e
pacífica". (AF)