Seul, 1º jun (RV) – Uma decisão errada que leva em consideração somente o ponto
de vista dos cientistas que são favoráveis à pesquisa com células-tronco. Dessa maneira,
os bispos da Coreia do Sul rechaçam a sentença com a qual nos dias passados a Corte
Constitucional estabeleceu que “os embriões não implantados no útero materno não têm
nenhum direito humano”. A sentença, emitida no dia 27 de maio após o apelo de um casal,
confirma ainda a legitimidade da Lei sobre a bioética, que autoriza a destruição dos
embriões em excesso obtidos através de técnicas de fecundação em laboratório após
cinco anos.
O Secretário da Comissão para as atividades pró-vida da Conferência
Episcopal Coreana (CBCK), Padre Casimir Song Yul-sup, fala sem meios-termos de uma
decisão “vergonhosa”, porque estabelece “um tratamento discriminatório para os embriões
não implantados”. “A Corte levou em consideração somente a opinião dos cientistas
favoráveis à pesquisa com células-tronco”, e não a da Igreja, que é, ao invés, contrária,
denuncia Padre Hugo Park Jung-woo, Secretário-Geral da Comissão próo-vida da Arquidiocese
de Seul, segundo o qual a Corte Suprema “deu um passo atrás e tomou uma decisão errada”.
Em
declaração divulgada domingo, Dia Nacional para a Vida, o Presidente da Comissão de
Bioética, Dom Gabriel Chang Hong-hun, chamou a atenção para a necessidade de criar
mais estruturas para encorajar os nascimentos, ao invés de suprimir vidas. Segundo
as estimativas da Igreja coreana, todos os anos ocorrem cerca um milhão e meio de
interrupções voluntárias da gravidez, uma cifra nitidamente superior às estimativas
do governo. (SP)