Israel intercepta frota de barcos fretados para levar ajuda á Faixa de Gaza: mortos
e feridos. A reacção da comunidade internacional; no Vaticano a situação é
seguida com atenção e preocupação.
Pelo menos 19 pessoas morreram depois de a Marinha israelita ter disparado sobre alguns
barcos que activistas pró-palestinianos tinham fretado para levar ajuda à Faixa de
Gaza; há também 26 feridos. A bordo estavam dez mil toneladas de ajuda humanitária.
A UE já pediu um inquérito ao incidente e os palestinianos pediram uma reunião
urgente na ONU. O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, classificou
o ataque como um “massacre”.
Algumas embarcações estavam assinaladas com a
bandeira turca, país que já fez saber que condena veementemente esta operação militar,
classificando-a de inaceitável.
O ataque de Israel está a provocar uma onda
de levantamentos diplomáticos. A União Europeia quer um inquérito completo ao incidente.
"A Alta Representante [Para a Política Externa] Cahterine Ashton expressou o seu profundo
repúdio face às notícias de perda de vidas e feridos", afirmou um porta-voz de Ashton.
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay,
afirmou-se “chocada” com o assalto do Exército israelita .
Os 22 países árabes
da Liga Árabe vão reunir-se amanhã, terça-feira, no Cairo para assumir "uma posição
colectiva".O anúncio da reunião dos 22 países árabes foi feito em Doha pelo chefe
da Liga Árabe, Amr Moussa, que classificou o ataque de Israel contra a "Frota da Liberdade",
que se deslocava para a Faixa de Gaza, como um "crime contra uma missão humanitária".
A Suécia qualificou o incidente de "completamente inaceitável" e já convocou o embaixador
israelita em Estocolmo para lhe dizer exactamente isso. Na sequência do ataque, a
Grécia anulou uma visita do chefe do Estado-Maior da Força Aérea israelita prevista
para terça-feira, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Atenas.
As
autoridades israelitas estão determinadas em manter o bloqueio ao território palestiniano
de Gaza, controlado pelo Hamas, e onde vive um milhão e meio de pessoas, alegando
recear o envio de armas por meio marítimo.
O director da Sala de Imprensa da
Santa Sé P. Federico Lombardi respondendo a perguntas de jornalistas sobre os factos
ocorridos diante da costa de Gaza disse que se trata de um facto muito doloroso, em
particular pela perda de vidas humanas. A situação é seguida no Vaticano com atenção
e preocupação.
Como se sabe a Santa Sé é sempre contraria ao uso da violência
- de qualquer parte ela venha – porque torna cada vez mais difícil a procura de soluções
pacificas , as únicas com clarividência –
O Papa que nos próximos dias se deslocará
á área médio oriental não deixará de propor de novo com constância a mensagem da paz.