Havana, 31 mai (RV) - A oposição cubana espera que o governo de Raúl Castro
aja a favor dos presos políticos antes da visita do Arcebispo Dominique Mamberti,
Secretário das Relações com os Estados da Santa Sé, em meados de junho.
Laura
Pollán, dirigente da organização Damas de Branco, que reúne familiares de 75 opositores
detidos desde 2003, está confiante: “Continuamos aguardando. O Arcebispo de Havana,
Cardeal Jaime Ortega y Alamino, não nos deu uma data determinada. Talvez na próxima
semana aconteça alguma coisa, quando estiver mais próxima a visita de Dom Mamberti”
– afirmou.
“Esperamos que soltem todos, primeiro os doentes” - acrescentou
a cubana, após marchar na capital com as várias mulheres do grupo, como fazem todos
os domingo após a missa, nos protestos pacíficos em que exigem a libertação dos familiares.
O Cardeal agiu como mediador junto ao Presidente, com quem se reuniu no
último dia 19, por uma possível soltura dos dissidentes, que, segundo a oposição,
seriam 200 pessoas - consideradas pelo governo cubano como delinquentes comuns.
O representante da chancelaria vaticana chega a Havana, para uma estada de seis
dias, no dia 15 de junho, convidado pela Igreja cubana e pelo governo. (CM)