Cidade do Vaticano, 30 mai (RV) - Terça-feira, 1º de julho, Pe. Federico Lombardi,
Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, apresentará aos jornalistas credenciados
na Santa Sé a viagem de Bento XVI a Chipre, de 4 a 6 de junho. Na mesma ocasião,
Pe. Lombardi ilustrará o Instrumento Laboris da Assembleia Especial para o Oriente
Médio do Sínodo dos Bispos.
Em seu editorial Octava Diaes desta semana, o sacerdote
jesuíta lança a pergunta: “Chipre, por quê?”.
Muitos se perguntam qual a razão
do Papa ir a Chipre encontrar-se com os Bispos do Oriente Médio e entregar-lhes o
documento de trabalho do próximo Sínodo, o grande encontro eclesial de outubro.
“A
resposta é fácil” – esclarece. “Basta ler os Atos dos Apóstolos, a narração dos primeiros
passos do anúncio do Evangelho no mundo depois da Ressurreição de Jesus. Chipre aparece
pelo menos seis vezes. De Chipre vem Barnabé, um dos primeiros a unir-se à comunidade
dos apóstolos em Jerusalém. Chipre foi a primeira etapa – difícil e fecunda – da primeira
viagem missionária de Paulo, Barnabé e do futuro evangelista Marcos. Depois de se
separar de Paulo, Barnabé retorna a Chipre para evangelizá-lo. Paulo navega de novo
pelas costas da ilha, inclusive na última vez, quando deixa Malta tendo Roma como
meta”.
“È suficiente observar um mapa para entender a condição estratégica,
e consequentemente cultural e espiritual de Chipre naquela região. Sua história é
estritamente ligada à da Terra Santa. Por ali passavam peregrinos judeus e cristãos
de e para Jerusalém, navegantes de Ocidente para Oriente, da Ásia para a Europa e
vive-versa.
Se por um lado, surpreende que João Paulo II nunca tenha ido a
Chipre, não é de se espantar que Bento XVI tenha acolhido o convite, visitante e peregrino,
numa viagem que prossegue idealmente a de Malta, subindo o Mediterrâneo rumo ao Oriente,
conjungindo-se também à missão fundamental do ano passado à própria Terra Santa.
Em
Chipre – finaliza Pe. Lombardi – O Papa olhará a seu redor, rezará e esperará um
anúncio de serviço ao Evangelho que seja fonte de diálogo, de comunhão eclesial, de
crescimento humano e de paz para todos, naquela região tão querida a todos os fiéis,
mas ainda atravessada por sofrimentos e divisões”. (CM)