Ao Angelus, Papa recorda viagem a Chipre (4-6 Junho), pedindo orações por toda a população
cipriota e pelo Sínodo para o Médio Oriente
Neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, Bento XVI pediu aos fiéis orações
pela visita que de sexta a domingo próximo realizará a Chipre: “Este semana vou fazer
uma viagem apostólica a Chipre, para ali me encontrar e rezar com os fiéis Católicos
e Ortodoxos e para entregar o Instrumentum Laboris para a assembleia especial do Sínodo
dos Bispos para o Médio Oriente. Peço as vossas orações pela paz e prosperidade do
todo a população de Chipre, assim como pela preparação da assembleia especial (do
Sínodo)”
Evocando, na breve catequese em italiano, a fé na Santíssima Trindade,
celebração litúrgica deste domingo, Bento XVI citou um comentário do teólogo Romano
Guardini, a propósito do sinal da cruz: “fazemo-lo antes da oração, para que…
nos ponha espiritualmente em ordem e concentre em Deus pensamentos, coração e querer;
depois da oração, para que permaneça em nós o que Deus nos deu… (O sinal da cruz)
abarca todo o ser, corpo e alma… e tudo se torna consagrada no nome do Deus uno e
trino.” “No sinal da cruz e no nome do Deus vivo encontra-se, portanto, contido o
anúncio que gera a fé e inspira a oração”.
Depois da recitação do Angelus,
o Santo Padre recordou que neste domingo de manhã, teve lugar em Roma, na basílica
de Santa Maria Maior, a beatificação de Maria Pierina De Micheli, Religiosa do Instituto
das Filhas da Imaculada Conceição de Buenos Aires.
“Josefina – era este o
seu nome de Baptismo – nasceu em 1890, em Milão, numa família profundamente religiosa,
onde floresceram diversas vocações ao sacerdócio, e à vida consagrada. Aos 23 anos,
também ela empreendeu este caminho, dedicando-se com paixão ao serviço educativo,
na Argentina e na Itália. O Senhor dotou-a de uma extraordinária devoção ao Santo
Rosto, que a manteve sempre nas provações e na doença. Morreu em 1945 e os seus despojos
repousam em Roma, no Instituto Espírito Santo”.
Finalmente, saudando um grupo
de peregrinos da diocese italiana de Pordenone, Bento XVI referiu-se à apresentação,
há dias, em Roma, do “Diário” de um cardeal natural desta região – o cardeal Celso
Constantino, figura muito ligado ao Papa Pio XII. “À margem da guerra (1938-1947)”
é o título da obra e aquele purpurado era, nessa época, Secretáriodo Congregação da
Propaganda Fide (actualmente chamada, da Evangelização dos Povos): “O seu Diário testemunha
a imensa obra desenvolvida pela Santa Sé naqueles dramáticos anos, para favorecer
a paz e socorrer todos os necessitados”.