Cidade do Vaticano, 29 mai (RV) - Depois da Comunidade Shalom e da Canção Nova
agora foi a vez da “Família Esperança” ser reconhecida como Associação Internacional
de Fiéis pela Santa Sé. A Família da Esperança é responsável pelo trabalho da Fazenda
da Esperança. Na última segunda-feira, dia 24, os fundadores da instituição, Nelson
Rosendo Giovanelli e Frei Hanz Stapel, juntamente com alguns membros da comunidade,
receberam o reconhecimento das mãos do presidente do Pontíficio Conselho para os Leigos,
Cardeal Stanislaw Rilko, no Vaticano. A obra foi fundada em 1983, e com o passar
dos anos, a comunidade terapêutica entendeu que sua finalidade principal era viver
segundo os ensinamentos do Evangelho. Sendo assim, surgiu a associação de fiéis, nomeada
"Família da Esperança" que, em 1998, recebeu a aprovação diocesana. Com o contínuo
aumento dos membros, veio a necessidade de um Reconhecimento Pontifício pela Santa
Sé. Nesses 27 anos de missão, a obra se expandiu por todo o país e no exterior. Atualmente
atende cerca de 3 mil jovens nas 68 fazendas espalhadas por 21 estados do Brasil.
Quando Bento XVI foi ao Brasil em 2007 para a Abertura da Conferência de Aparecida
entendeu que era preciso encontrar aqueles que se sentem os últimos na sociedade,
então visitou a Fazenda da Esperança em Guaratinguetá, uma visita que marcou o Papa
e não somente ele, mas todos os membros da Fazenda e o Brasil ligado com a visita
através do rádio e da televisão. Nas suas palavras aos jovens presentes o Santo Padre
recordou que eles “devem ser os embaixadores da esperança!” O Brasil possui uma
estatística, das mais relevantes, no que diz respeito à dependência química de drogas
e entorpecentes. E a América Latina não fica atrás. “Por isso, disse então o Papa
- digo aos que comercializam a droga que pensem no mal que estão provocando a uma
multidão de jovens e de adultos de todos os segmentos da sociedade: Deus vai-lhes
exigir satisfações. A dignidade humana não pode ser espezinhada desta maneira.”. A
Família da Esperança entendeu isso, e consome o seu dia a dia ajudando os filhos de
uma sociedade que muitas vezes não olha para eles como filhos necessitados, mas como
filhos problemáticos. No seu dia a dia a Família da Esperança, que não é uma congregação
ou instituto secular, nem um movimento espiritual, mas uma comunidade de leigos, procura
ajudar os jovens nas suas dependências. E esse reconhecimento Pontifício recebido
é um sinal de que a inspiração para a realização deste trabalho é uma inspiração que
vem do alto, para ajudar aqueles que já provaram o que significa, nesta terra, viver
no inferno. (SP)