2010-05-28 12:49:44

UNESCO: DIVERSIDADE CULTURAL É PONTE PARA PAZ


Rio de Janeiro, 28 mai (RV) - Com a participação do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, começa hoje no Rio de Janeiro o Terceiro Fórum Mundial da Aliança de Civilizações. O evento tem o tema 'Unindo as Culturas, Construindo a Paz' e será inaugurado por Ban e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com outros líderes. O evento reúne, até sábado, ativistas, jovens estudantes, especialistas em educação e autoridades de diversos países.

A cultura como poderoso instrumento para a promoção da paz no mundo. Esse é um dos principais assuntos discutidos no fórum. Para a Fundação das Nações Unidas para a Educação e a Cultura, as diferenças entre os povos devem ser amplamente conhecidas e principalmente, respeitadas. Em síntese, a diversidade cultural deve ser usada como ponte para a aproximação dos países.

Ontem, a a Diretora-geral da Fundação, Irina Bokova, apresentou o relatório “Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural”. O documento alerta para uma nova forma de “analfabetismo” entre as diferentes culturas do mundo, que impede o diálogo e o entendimento e causa conflitos. Ao invés, a cultura é um instrumento poderoso para a promoção da paz no mundo, e este deve ser um dos principais assuntos discutidos no fórum.

Em seu primeiro dia no Ri, o Secretário-geral das Nações Unidas, visitou a favela Babilônia, recentemente pacificada pela Polícia, onde assistiu a uma apresentação de crianças que interpretaram uma canção de Roberto Carlos e depois dançaram ao ritmo de hip-hop.
O Secretário-Geral conversou em seguida com 12 adolescentes de comunidades cariocas sobre a situação dos jovens e as perspectivas diante das Metas do Milênio.

Após ouvir e anotar trechos dos relatos dos adolescentes, Ban se comprometeu a transmitir as inquietações dos jovens ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem estará hoje na abertura do III Fórum da Aliança das Civilizações.

O Secretário ONU encorajou os jovens a não esperarem com os braços cruzados e a fazerem-se ouvir em suas famílias, escolas, em suas comunidades e até pelos políticos, aproveitando “a voz poderosa” que possuem como uma grande ferramenta social.

Ban Ki-moon também participou de uma homenagem aos militares brasileiros da Missão da ONU para a Estabilização no Haiti, Minustah, que morreram no terremoto de janeiro no país caribenho.

Ele passou em revista 62 capacetes azuis das Nações Unidas, veteranos e da ativa, e conversou com familiares dos 20 brasileiros que perderam suas vidas: 18 militares, um policial e o vice-chefe da Minustah, Luiz Carlos da Costa.
(CM)

 







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