2010-05-23 11:10:29

A unidade é o cartão de visita da Igreja, para além dos confins políticos, raciais, culturais. Sempre e em toda a parte a Igreja católica há-de ser realmente universal, a casa de todos: Bento XVI na Missa de Pentecostes


Partindo da leitura dos Actos dos Apóstolos, o Papa fez notar que “esta nova e potente auto-comunicação de Deus” desencadeia um processo de reunificação, cria unidade e compreensão: “a unidade é o sinal de reconhecimento, o "cartão de visita" da Igreja ao longo da sua história universal. Desde os inícios, do dia de Pentecostes, e fala todas as línguas. A Igreja universal precede as Igrejas particulares e estas devem sempre conformar-se com aquela, segundo os critérios de unidade e universalidade. A Igreja nunca fica prisioneira de confins políticos, raciais, culturais”.

Daqui se deduz um critério prático de discernimento para a vida cristã: quando uma pessoa ou comunidade se fecha no seu modo de pensar e de agir, quer dizer que se afastou do Espírito Santo: “A unidade do Espírito manifesta-se na pluralidade da compreensão. A Igreja é por sua natureza una e múltipla, destinada como é a viver em todas as nações, povos e nos mais diversos contextos sociais. Só permanecendo autónoma em relação a cada Estado e cada cultura particular, a Igreja corresponde à sua vocação de ser sinal e instrumento de unidade de todo o género humano. Sempre e por toda a parte a Igreja deve ser verdadeiramente católica e universal, a casa de todos em que cada um se pode reencontrar”.

“Esta abertura de horizontes confirma a novidade de Cristo na dimensão do espaço humano, da história das gentes: o Espírito Santo abrange homens e povos e, através deles, supera muros e barreiras”.

Bento XVI concluiu a sua homilia de Pentecostes, recordando o convite tantas vezes repetido por Jesus: “Não tenhais medo”. Bem precisamos de ouvir o Senhor dizer-nos isto, para podermos permitir que a sua presença e a sua graça transformem o nosso coração: “Quem se confia a Jesus experimenta já nesta vida a paz e a alegria do coração, que o mundo não pode dar, e não pode nem sequer tirar, porque foi Deus que no-las deu. Vale portanto a pena deixar-se tocar pelo fogo do Espírito Santo. O sofrimento que provoca é necessário à nossa transformação”.








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