Nicósia, 21 mai (RV) – "Vamos dar as boas-vindas ao Papa de modo caloroso.
Vamos viver a sua chegada de modo profundo. Ele é um homem de diálogo, de paz e de
justiça. A visita à nossa ilha reforçará todos esses valores dos quais a nossa sociedade
tem necessidade." Faltando duas semanas para a viagem apostólica de Bento XVI a Chipre,
de 4 a 6 de junho, esse apelo foi feito pelo Arcebispo maronita de Chipre, Youssef
Soueif, que é o coordenador geral da comunidade católica para a visita do Santo Padre.
Ontem,
através das páginas do jornal “O Typos ton Maroniton”, o arcebispo informou sobre
os preparativos para a visita: “Há muita expectativa e estamos entusiastas em poder
acolher o Papa. Na preparação, envolvemos diretamente as paróquias e todos os seus
integrantes. Estamos diante de um evento histórico. Durante 3 dias, Chipre estará
presente nas primeiras páginas dos jornais e noticiários de todo o mundo e isso representa
um grande benefício”, afirmou.
O arcebispo apelo aos voluntários, sobretudo
jovens: “Temos necessidade de jovens que possam ajudar aqueles que chegarão para as
celebrações”. Neste âmbito, Dom Soueif faz previsões: “Esperamos de cinco a seis mil
pessoas na escola elementar de São Maron de Nicosia no dia 5 de junho, 6.500 dentro
do Ginásio de Esportes Elefteria de Nicósia no dia 6 de junho, e outros milhares do
lado de fora seguirão os eventos através de telões. Cerca de três a quatro mil pessoas
estarão presentes na cerimônia ecumênica na área arqueológica da Igreja de Agia Kiriaki
Chrysopolitissa de Paphos, no dia 5 de junho”.
Análogo apelo à acolhida do
Papa foi feito também pela Igreja Ortodoxa cipriota: “É um sinal de amor - afirma
Dom Soueif – e de fraternidade”, uma resposta a alguns artigos negativos relativos
à visita papal publicados nos dias passados por alguns órgãos de imprensa e a alguns
cartazes fixados nos muros da cidade. “Nesta visita – conclui o arcebispo maronita
–, apresentaremos a nossa longa experiência de multiculturalismo, mostrando como se
pode viver juntos, católicos, ortodoxos e muçulmanos, apesar das diferenças religiosas”.
(SP)