Papa recebe novos Embaixadores dos Emirados Àrabes Unidos e da Mongólia
Bento XVI recebeu, nesta quinta-feira de manhã, no Vaticano, em audiências sucessivas,
os Embaixadores dos Emirados Árabes Unidos e da Mongólia, respectivamente a Senhora
Hissa Ahmed Al-Otaiba e o Senhor Luvsantersen Orgil, para a apresentação das Cartas
Credenciais.
À nova representante dos Emirados Árabes Unidos o Santo
Padre recordou que “a acção da Igreja no campo das relações diplomáticas promove a
paz, os direitos humanos e o desenvolvimento integral, favorecendo assim um autêntico
progresso para todos, independentemente da raça, cor ou credo religioso”. A política,
a cultura, a tecnologia, o desenvolvimento – tudo se orienta para os homens e mulheres,
na sua qualidade de seres únicos, dotados de uma natureza que provém de Deus. Se se
reduzisse os objectivos do comportamento humano unicamente ao lucro ou à eficiência,
correr-se-ia o risco de perder de vista a centralidade da pessoa humana, na sua integridade”.
O Papa congratulou-se com a abertura dos Emirados Árabes Unidos aos trabalhadores
estrangeiros, o que requer esforços para reforçar as condições necessárias à coexistência
pacífica e ao progresso social. Referiu ainda expressamente, com satisfação, a existência,
neste país árabe, de diversas igrejas católicas, construídas em terrenos oferecidos
pelas autoridades públicas. A Santa Sé deseja vivamente prosseguir e incrementar mesmo
esta cooperação, em conformidade com as necessidades pastorais da população católica
que ali habita.
Por sua vez, ao Embaixador da Mongólia, Bento XVI
recordou que o estabelecimento de relações diplomáticas deste país asiático com a
Santa Sé teve lugar depois das grandes transformações sociais e políticas de há 20
anos atrás, “como um sinal do empenho em promover um intercâmbio com uma comunidade
internacional alargada”. “Religião e cultura, como formas inter-relacionadas das mais
profundas aspirações espirituais da nossa humanidade comum, servem naturalmente como
incentivos para o diálogo e para a cooperação entre os povos, ao serviço da paz e
de um genuíno desenvolvimento”. “Um desenvolvimento humano autêntico requer que se
tomem em consideração todas as dimensões da pessoa e aspira àqueles bens máximos que
corresponde, à natureza espiritual do homem e ao seu destino último”. Bento XVI concluiu
assegurando que a comunidade católica da Mongólia deseja cooperar com o governo e
todas as pessoas de boa vontade na superação dos problemas sociais de qualquer género.
A Igreja sente-se no dever de desempenhar a parte que lhe compete na actividade de
formação intelectual e humana, sobretudo através da educação dos jovens nos valores
do respeito, da solidariedade e da preocupação com os mais débeis.