Cidade do Vaticano, 19 mai (RV) - O Papa Bento XVI recebeu esta manhã os peregrinos
na Praça São Pedro, onde teve lugar a audiência geral.
Como todas as quartas-feiras,
o Pontífice proferiu uma breve catequese em várias línguas, para a alegria dos presentes
e ouvintes.
Relembrando sua viagem a Portugal, ele evidenciou o patrimônio
de valores levados pelo cristianismo à cultura, arte e tradições do povo português,
ressaltando, porém a necessidade de que “nesta nobre terra, assim como em todos os
os países marcados profundamente pelo cristianismo, católicos e leigos possam se abrir
reciprocamente a um diálogo sincero e respeitoso’.
Bento XVI também ricordou
a vibrante participação de tantos fiéis na liturgia celebrada em Lisboa: “Na capital,
de onde partiram muitos missionários para levar o Evangelho a outros continentes –
disse – encorajei os vários componentes da Igreja local a uma vigorosa ação evangelizadora
nos diversos âmbitos da sociedade, para semearem esperança neste mundo tão marcado
pelo desalento”.
“Exortei os fiéis – concluiu o Papa – a serem anunciadores
da morte e da ressurreição de Cristo, coração da cristandade, fulcro e alicerce de
nossa fé e motivo de nossa alegria”.
Em português, ele fez uma resenha de
sua programação, do dia 11 a 14 do corrente, explicando passo por passo seus momentos
mais salientes. Eis o teor de seu discurso:
“Gostaria de compartilhar convosco
um pouco da minha recente Viagem Apostólica a Portugal, por ocasião do décimo aniversário
da beatificação dos Pastorinhos Jacinta e Francisco. A visita teve início em Lisboa;
durante a Santa Missa, falei da necessidade dos cristãos serem semeadores da esperança.
Seguindo para Fátima, peregrino com os peregrinos, lá apresentei ao Imaculado Coração
Maria as alegrias e esperanças, os problemas e sofrimentos do mundo inteiro. No do
dia 13, aniversário da primeira Aparição de Nossa Senhora, durante a celebração da
Eucaristia lembrei na homilia que as aparições nos falam de uma mensagem exigente
e consoladora, centrada na oração, na penitência e na conversão, que nos leva a superar
as dificuldades da história, convidando a humanidade a cultivar a grande Esperança.
E a viagem concluiu-se na histórica cidade do Porto com a celebração Eucarística,
insistindo no compromisso para a missão. E de lá me despedi de Portugal, manifestando
o desejo de que a minha visita se tornasse incentivo para um renovado impulso espiritual
e apostólico”.
Em seguida,
Bento XVI concedeu a benção apostólica, precedida de uma saudação:
“Amados
peregrinos vindos do Brasil e demais países de língua Portuguesa, que a intercessão
de Nossa Senhora de Fátima, que em vossos países é venerada com tanta confiança e
firme amor, possa ajudar-vos a viver com mais empenho a vossa vocação de testemunhas
do Evangelho da verdade, da paz e do amor. Sirva-vos de conforto a minha Bênção”.
Em polonês, Bento XVI recordou um devoto especial de Nossa Senhora de Fátima:
o saudoso João Paulo II, que ontem, 18 de maio, teria completado 90 anos.
Saudando
os franceses, o Papa encomendou padres e seminaristas à proteção de Maria, Mãe da
Esperança.
Bento XVI falou também em italiano, inglês, espanhol, alemão, eslovaco
e croato.