2010-05-18 09:57:00

De 20 a 22 do corrente, em Roma, 24ª Assembleia plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, com o tema: "Testemunhas de Cristo na comunidade política"


Será o presidente deste organismo vaticano, Cardeal Stanislaw Rylko, a abrir os trabalhos. Intervirão também, entre outros, o Reitor da Universidade Católica, Prof. Lorenzo Ornaghi; o Cardeal Camillo Ruini; o Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Rino Fisichella; o fundador da Comunidade romana de Santo Egidio, Prof. Andrea Riccardi; e o Prof. Guzmán Carriquiry participarão dos trabalhos como conferencistas. Sexta-feira, 21, os participantes serão recebidos pelo Santo Padre.



Um comunicado do Pontifício Conselho para os Leigos ressalta que Bento XVI manifestou, em diversas ocasiões, a necessidade e a urgência de um renovado compromisso dos católicos na vida política. No discurso de abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em maio de 2007, em Aparecida, o Papa afirmou que o respeito por uma sadia laicidade – incluindo a pluralidade das posições políticas – é essencial na tradição cristã. Se a Igreja começasse a transformar-se directamente em sujeito político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas faria menos, porque perderia a sua independência e a sua autoridade moral, identificando-se com um único caminho político e com posições parciais opináveis – acrescentou o Pontífice.

A Igreja – sublinhou então o Papa – é advogada da justiça e dos pobres, precisamente porque não se identifica com os políticos nem com os interesses de partido (...) A vocação fundamental da Igreja nesse setor é formar as consciências, ser advogada da justiça e da verdade, educar para as virtudes individuais e políticas. E os leigos católicos – frisou – devem ter consciência de suas responsabilidades na vida pública; devem estar presentes na formação dos consensos necessários e na oposição contra as injustiças.

Por fim, o dicastério recorda o último apelo que Bento XVI lançou há dias, em Fátima no encontro com os bispos: os tempos em que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos, chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja, solidário com a complexa transformação do mundo. São necessárias autênticas testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo naqueles ambientes humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo: os políticos, os intelectuais, os profissionais da comunicação que professam e promovem uma proposta monocultural, com desdenho pela dimensão religiosa e contemplativa da vida – frisou.

Na tarde do último dia, o próximo sábado, 22, os trabalhos da Assembléia serão dedicados à intervenção do Secretário do dicastério, Dom Josef Clemens, que falará dos programas do Pontifício Conselho para os Leigos, com um balanço do que foi feito e as propostas para o futuro.








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