De 20 a 22 do corrente, em Roma, 24ª Assembleia plenária do Pontifício Conselho para
os Leigos, com o tema: "Testemunhas de Cristo na comunidade política"
Será o presidente deste organismo vaticano, Cardeal Stanislaw Rylko, a abrir os trabalhos.
Intervirão também, entre outros, o Reitor da Universidade Católica, Prof. Lorenzo
Ornaghi; o Cardeal Camillo Ruini; o Presidente da Pontifícia Academia para a Vida,
Dom Rino Fisichella; o fundador da Comunidade romana de Santo Egidio, Prof. Andrea
Riccardi; e o Prof. Guzmán Carriquiry participarão dos trabalhos como conferencistas.
Sexta-feira, 21, os participantes serão recebidos pelo Santo Padre.
Um
comunicado do Pontifício Conselho para os Leigos ressalta que Bento XVI manifestou,
em diversas ocasiões, a necessidade e a urgência de um renovado compromisso dos católicos
na vida política. No discurso de abertura da V Conferência Geral do Episcopado da
América Latina e do Caribe, em maio de 2007, em Aparecida, o Papa afirmou que o respeito
por uma sadia laicidade – incluindo a pluralidade das posições políticas – é essencial
na tradição cristã. Se a Igreja começasse a transformar-se directamente em sujeito
político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas faria menos, porque perderia
a sua independência e a sua autoridade moral, identificando-se com um único caminho
político e com posições parciais opináveis – acrescentou o Pontífice.
A Igreja
– sublinhou então o Papa – é advogada da justiça e dos pobres, precisamente porque
não se identifica com os políticos nem com os interesses de partido (...) A vocação
fundamental da Igreja nesse setor é formar as consciências, ser advogada da justiça
e da verdade, educar para as virtudes individuais e políticas. E os leigos católicos
– frisou – devem ter consciência de suas responsabilidades na vida pública; devem
estar presentes na formação dos consensos necessários e na oposição contra as injustiças.
Por
fim, o dicastério recorda o último apelo que Bento XVI lançou há dias, em Fátima no
encontro com os bispos: os tempos em que vivemos exigem um novo vigor missionário
dos cristãos, chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja, solidário
com a complexa transformação do mundo. São necessárias autênticas testemunhas de Jesus
Cristo, sobretudo naqueles ambientes humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e
profundo: os políticos, os intelectuais, os profissionais da comunicação que professam
e promovem uma proposta monocultural, com desdenho pela dimensão religiosa e contemplativa
da vida – frisou.
Na tarde do último dia, o próximo sábado, 22, os trabalhos
da Assembléia serão dedicados à intervenção do Secretário do dicastério, Dom Josef
Clemens, que falará dos programas do Pontifício Conselho para os Leigos, com um balanço
do que foi feito e as propostas para o futuro.