2010-05-18 20:04:43

CARDEAL BRADY: DEDICAR-ME-EI À OBRA DE RENOVAÇÃO INDICADA POR BENTO XVI À IGREJA IRLANDESA


Dublin, 18 mai (RV) - O Arcebispo de Armagh e Primaz de toda a Irlanda, Cardeal Seán Baptist Brady, prosseguirá seu mandato: o anúncio foi feito na declaração-comentário sobre o segundo Relatório anual da Comissão nacional para a defesa dos menores na Igreja Católica da Irlanda, publicado nesta segunda-feira.

"Acolho de bom grado" esse Relatório, escreve o Cardeal Brady agradecendo aos membros da Comissão pela "dedicação excepcional, profissionalismo e compromisso em favor do sincero desejo dos bispos e dos responsáveis pelas Congregações religiosas de se tornarem exemplares na melhor prática de tutela das crianças".

"Espero – acrescenta o purpurado – que o Relatório possa assegurar a todos que, ao tempo em que permanecem importantes desafios, a Igreja Católica na Irlanda progrediu muito na reparação aos erros do passado".

E entre as boas notícias encontra-se a da formação de 2.356 pessoas que daqui a alguns meses poderão se dedicar à salvaguarda da infância nas paróquias do país inteiro.

O Primaz da Irlanda frisa que "a trágica experiência do passado nos recorda que é necessária uma constante vigilância e plena adesão a fortes, completos e dinâmicos sistemas de responsabilidade".

"Nos anos que me restam como Arcebispo de Armagh – observa o Cardeal Brady – dedicar-me-ei inteiramente àquela obra de cura, arrependimento e renovação indicada por Bento XVI à Igreja irlandesa, partindo dos significativos progressos realizados nestes anos para proteger a infância."

Portanto, o Primaz da Irlanda se mostra intencionado a prosseguir o seu mandato, após as polêmicas emergidas na imprensa meses atrás em relação a um seu presumível envolvimento no acobertamento de um caso de pedofilia nos anos 70; e após o purpurado, no dia 17 de março passado – Festa de São Patrício Patrono da Irlanda – ter expresso profundo pesar por suas possíveis faltas.

Daí, o pedido do Primaz ao Papa, ao qual na declaração solicitou que lhe seja dado um auxílio em nível episcopal para a administração da crise dos abusos sexuais que atinge a Igreja em seu país.

No Relatório apresentado nesta segunda-feira, a Comissão encarregada documenta ter registrado – de 1º de abril de 2009 a 31 de março de 2010 – 200 novas denúncias de abusos, todas levadas ao conhecimento das autoridades civis. (RL)







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