CARDEAL BERTONE: HOMEM DE HOJE PRECISA DO EVANGELHO DA REDENÇÃO
Cidade do Vaticano, 17 mai (RV) - Vivam e testemunhem o "Evangelho da redenção":
foi a exortação do Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, aos Padres Mercedários,
por ocasião de seu Capítulo Geral em andamento em Roma até o próximo sábado, dia 22.
Numa
missa celebrada neste domingo no Instituto Nossa Senhora Menina, presidida pelo purpurado
no contexto do referido Capítulo Geral, o Cardeal Bertone convidou os Padres Mercedários
a anunciarem ao homem de hoje o Evangelho que liberta das antigas e novas escravidões.
"Também
hoje Deus continua a confiar-lhes a tarefa de anunciar a libertação aos prisioneiros,
aos homens e às mulheres do nosso tempo, sujeitos a antigas e novas escravidões",
disse o Cardeal Bertone, que, em primeiro lugar, levou as saudações do Pontífice aos
Padres Mercedários.
"O homem dos nossos dias, que por vezes continua sendo
submetido a esquemas ideológicos – disse o purpurado – é sempre mais refém do secularismo
e do relativismo; corre o risco de pensar poder edificar a sociedade sem Deus, deposita
a própria confiança em si mesmo, e não no Único que pode satisfazê-la.
Justamente
daí – observou – "nasce a dificuldade talvez mais profunda para uma verdadeira obra
evangelizadora: de fato, na raiz da desconfiança pela vida encontra-se uma crise de
confiança em Deus e a incapacidade de reconhecer o seu amor".
O Cardeal Secretário
de Estado frisou que "o homem comum precisa de alguém que lhe faça entrever a possibilidade
de uma existência libertada, iluminada pela Verdade de Jesus, da qual não é sensato
distanciar-se, uma vez percebido o seu fascínio perene".
Eis então que "evangelizar
e educar para a fé" constitui hoje uma "verdadeira obra de libertação", justamente
como no tempo de São Pedro Nolasco, fundador no Séc. XIII dos Padres Mercedários,
que testemunhou o amor do Senhor àqueles que tinham perdido a liberdade.
A
missão de vocês – concluiu o Cardeal Bertone – é fazer experimentar àqueles que são
oprimidos por escravidões materiais, morais e espirituais, aquela caridade pela qual
há alguém disposto a sacrificar a própria vida, aquele ardor que impele a aceitar
fazer-se prisioneiro no lugar de quem é escravo, para que ele possa continuar vivendo
e crescendo confiando sua vida ao Salvador. (RL)