2010-05-15 18:43:33

TAILÂNDIA: LÍDERES RELIGIOSOS EM CAMPO PARA MEDIAR CRISE


Bangcoc, 15 mai (RV) – Aumenta a tensão na Tailândia e, enquanto pelas ruas da capital, Bangcoc, a violência triunfa, fazendo crescer a cada hora que passa, o número de mortos e feridos, "uma intervenção dos líderes religiosos poderia servir a explorar novas vias de diálogo e de mediação, e a oferecer uma solução pacífica para a crise".



Essa foi a proposta feita pelo arcebispo de Thare e Nonseng, Dom Louis Chamniern Santisukniran, presidente da Conferência Episcopal Tailandesa, em declarações à agência missionária de notícias – FIDES. Seria uma "última possibilidade", segundo o prelado, antes da eclosão de uma "guerra civil" que causaria um "derramamento de sangue inocente em toda a nação".



Os líderes das diversas comunidades religiosas na Tailândia – budistas, cristãos e muçulmanos – que já se encontraram há cerca de um mês, manifestando publicamente seu apoio às iniciativas que levem ao diálogo e à reconciliação – gozam da confiança, da credibilidade e da estima da população, e hoje poderiam ser muito úteis para resolver a situação de impasse em que nos encontramos e afastar o fantasma da violência, explicou o arcebispo.



"Não nos cansaremos de dizer que o único caminho para uma solução é o diálogo. É preciso depor as armas e abandonar o recurso aos meios violentos para tentar solucionar a crise. Temo que o país esteja à beira de uma guerra civil que, se não for detida em tempo, provocará uma verdadeira catástrofe" – argumentou Dom Louis.



"Existe uma forte incompreensão entre as partes. Cada uma quer vencer o conflito e defender os próprios interesses, sem pensar no restante da população e no bem comum" – concluiu o arcebispo.



Manifestantes antigovernamentais e soldados tailandeses mantiveram confrontos durante esta última sexta-feira, no entorno do centro comercial de Bangcoc, numa jornada de violência que causou 16 mortes e mais de 160 feridos desde quinta-feira.



A maior parte dos conflitos ocorreu no acesso norte da zona ocupada pelos manifestantes, onde grupos de rebeldes atiraram pedras e bombas incendiárias contra os locais ocupados pelas tropas.



Fontes militares estimaram que cerca de quinhentos "camisas vermelhas" continuam provocando os soldados em determinados pontos da capital e consideram que a situação no momento é "tensa". (AF)








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