2010-05-11 11:47:48

PORTUGAL: AS EXPECTATIVAS


Lisboa, 11 mai (RV) - “Correspondendo ao convite, várias vezes reiterado, dos Bispos portugueses, bem como ao convite do Senhor Presidente da República, Bento XVI aceitou, e agora vai visitar Portugal por ocasião da peregrinação aniversária de 12 e 13 de maio.

Sabe-se que o Papa, nas suas deslocações tem sempre uma particular atenção à situação da sociedade que visita, às problemáticas que a marcam, às características que a definem.

A sua presença aqui em Portugal nos próximos dias pode ser uma oportunidade para todos, católicos e não católicos, no contexto atual recuperarem, aprofundarem, destacarem o combate sustentado à pobreza, a recuperação da solidariedade assente em princípios fundamentais de justiça, a alteração de paradigmas de comportamento face ao consumo e à fruição dos bens comuns, a defesa dos valores fundamentais da vida e da família.

Será também uma oportunidade para provocar a (re) dinamização das estruturas da Igreja, nomeadamente no que se refere à necessária aproximação às circunstâncias concretas dos tempos em que vivemos, para que seja referência permanente e segura da mensagem de Cristo.
Bento XVI não vai trazer a fórmula infalível da transposição da mensagem de Cristo para a realidade; eu, como cidadão português gostava que trouxesse para a vida do Portugal vergado a confiança, o otimismo e a esperança de que todos sentem falta. E seria importante que esta mensagem não chegasse só a quem tem a bênção de Acreditar, e sente que a fé lhe assiste.

“Contigo caminhamos na esperança”, é o lema desta viagem apostólica de Bento XVI a Portugal
Palavras importantes, um caminho que não se faz sozinho, e que se envolve de esperança. A esperança, à semelhança da saudade típica dos portugueses, não é invocada só por quem acredita, e vive na fé que Sua Santidade vem anunciar. Tem esperança quem vive, quem produz, quem cria, quem ama, quem peca e se converte de novo, quem caminha, quem tem filhos e cadilhos, quem perde o norte, quem adoece, quem vive estigmas sociais. A esperança é de todos. Ora aqui poderá estar uma luz para que quem não acredita possa ter esperança”.

Para ouvir o boletim do correspondente, António Pinheiro, clique aqui: RealAudioMP3
(CM)

 







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