2010-05-05 12:03:21

MUDANÇAS CLIMÁTICAS AUMENTAM A POBREZA NA ÁFRICA


Luanda, 05 mai (RV) - Está em andamento, até o dia 7, em Luanda, Angola, a Conferência Regional para a África da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a FAO.

Um documento apresentado ontem indicou que as mudanças climáticas podem provocar o retrocesso de forma substancial dos avanços obtidos na redução da pobreza e na segurança alimentar no continente. O documento “Climate Change Implications for Food Security and Natural Resources Management in África” (Implicações da mudança climática na segurança alimentar e a gestão dos recursos naturais na África) adverte que não se pode continuar agindo como se nada ocorresse.

“A principal conseqüência do aumento das temperaturas e de uma meteorologia mais imprevisível seria a redução dos rendimentos dos cultivos - 6,9% no caso do milho, alimento básico de grande importância - e um maior risco de insegurança alimentar.

As mudanças climáticas afetarão os países africanos mais pobres de modo desmedido e as pessoas mais pobres nestes países serão as que sofrerão mais. Os pequenos agricultores africanos, que praticam agricultura de pura subsistência, são os mais vulneráveis, e os que possuem menos instrumentos para contrastar seus efeitos.

A FAO sugere a adaptação às mudanças climáticas através de práticas sustentáveis, incluindo a promoção e proteção dos alimentos e os conhecimentos agrícolas locais e tradicionais, deveria ser uma prioridade - ressalta o documento.

Para a Organização, são necessárias políticas de desenvolvimento que tenham como objetivo os grupos vulneráveis, especialmente as mulheres, pois sua carga de trabalho aumentará como consequência do impacto sobre os recursos de água e terra.

Um terço da população africana vive em áreas com tendência à aridez. Seis das dez maiores cidades do continente situam-se no litoral e também são expostas às mudanças climáticas.
Na reunião de cinco dias, serão discutidos também os efeitos dos preços alimentares mais elevados e os desafios e oportunidades que a produção bioenergética apresenta para o continente. (CM)







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