2010-05-04 12:46:23

O DESRESPEITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Cidade do Vaticano, 04 mai (RV) - No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado ontem, a Federação Internacional de Jornalistas noticiou que somente neste ano, 27 jornalistas foram assassinados no mundo. No que se refere ao Brasil, um êxito foi registrado: a aprovação da Lei de Acesso à Informação. A medida, que ainda deve ser apreciada pelo Senado Federal e sanionada pelo Presidente da República, regula o acesso às informações na administração pública e garante o compromisso com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

No mundo, entretanto, vigem o medo e a repressão aos comunicadores. Intimidações e limitações aumentam a cada ano para estes profissionais. Segundo a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), sete jornalistas estão desaparecidos em países da América Latina.

No México, nos últimos 12 meses, pelo menos 14 jornalistas foram assassinados e sete estão desaparecidos, e situação semelhante se verifica em Honduras. Após o golpe de Estado Militar, em apenas 45 dias, sete comunicadores foram vítimas de assassinatos.

A diretora Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, disse ontem que esta situação de medo e repressão preocupa, e convidou ontem todos os que comemoraram o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa a fazer um minuto de silêncio em memória daqueles “a quem não podemos mais ajudar e em homenagem aos jornalistas que pagaram com suas vidas pelo direito a informação”.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou lista com os quarenta “predadores” da livre expressão e do exercício do Jornalismo no ano de 2009.

Na lista constam nomes de políticos internacionais, funcionários de governos, milícias e organizações criminosas, o primeiro ministro russo, Vladimir Putin, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, o líder líbio Muammar Gaddafi, o presidente do Irã, a organização separatista basca ETA e o presidente cubano, Raul Castro.

Muitos dos citados na lista desse ano são reincidentes, como os grupos de traficantes de droga e paramilitares da América Latina, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
(CM)







All the contents on this site are copyrighted ©.