“ANO SACERDOTALE E ANO MISSIONÁRIO: GRANDES DESAFIOS"
Lorena, 29 abr (RV) - A Catedral de Nossa Senhora da Piedade está vivendo um
ano diferente. Respondendo ao pedido do Papa Bento XVI, uma intensa oração pela santificação
dos sacerdotes está acontecendo de segunda a sexta-feira com a exposição Santíssimo
Sacramento, na Catedral de Nossa Senhora da Piedade.
O mistério eucarístico
é o maior, e mais expressivo sinal da fé católica. Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja
expressa sua fé na presença de Jesus Eucarístico, conservando o pão eucarístico para
ser levado aos doentes, aos moribundos e para receber a adoração que só é devida a
Deus. A exposição Santíssimo Sacramento facilita a contemplação do mistério eucarístico
e leva os fiéis a reconhecer a “maravilhosa presença de Cristo” levando aos fiéis
à contemplação de coração.
Por isto a oração dos católicos vai ajudar na compreensão,
percepção e importância da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade em que vivemos
hoje. Em suas declarações de junho de 2009, durante o 150º aniversário da morte do
padre francês, São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes de todo o mundo, o
Papa Bento XVI afirmou que “infelizmente existem situações, nunca suficientemente
deploradas, em que é a própria Igreja a sofrer pela infidelidade de alguns dos seus
ministros. Daí advém então para o mundo o motivo de escândalo e de repulsa.”
Entristecido
com esses fatos o Papa Bento XVI lembrou o exemplo de muitos sacerdotes que viveram
na santidade entre eles, São João Maria Vianey, o Cura Dar´s e fez a seguinte colocação:
“que aproveitaria termos uma casa cheia de ouro, senão houvesse ninguém para nos abrir
a porta? O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o
ecônomo do bom Deus; o administrador dos seus bens (…) O padre não é padre para si
mesmo, o é para vós”. Bento XVI disse ainda “... um bom pastor, um pastor segundo
o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e
um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”.
Além de viver o “Ano Sacerdotal”,
o Bispo diocesano Dom Bendito Beni dos Santos, decretou que toda a diocese de Lorena
viva o “Ano Missionário”, uma resposta ao documento de Aparecida, elaborado quando
o Papa Bento XVI esteve no Brasil, durante a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano
e Caribenho. O documento mostra que a Igreja Católica está dando um novo passo com
o objetivo de “proteger e alimentar a fé do povo de Deus” e “recordar também aos fiéis
deste Continente que, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários
de Jesus Cristo”. E para que este trabalho missionário aconteça, o Comidi (Conselho
Missionário Diocesano) criou a escola de formação de missionários, que contou com
a presença do Bispo Dom Benedito Beni.
Em sua pregação, Dom Beni falou sobre
o primeiro Querigma (palavra grega que significa primeiro anúncio): o “Amor de Deus”
e ressaltou que a melhor definição sobre Deus é esta: “Deus é Amor”. Em todas as paróquias,
aulas estão sendo dadas para que os membros de movimentos e pastorais ligados à Igreja
sejam “missionários sem fronteiras” e dispostos a ir "à outra margem", onde Cristo
não é reconhecido como Deus e Senhor, e onde a Igreja não está presente. Com estes
ensinamentos os novos missionários poderão cumprir o que está escrito no Evangelho
de São Marcos “Ide por todo mundo e anunciai o evangelho a toda criatura”. (CM
- PASCOM)