Roma, 27 abr (RV) – Em muitas regiões do Uzbequistão, especialmente nas áreas
norte ocidentais do Karakalpaquistão, os cristãos são sujeitos a sistemáticas ameaças,
ingentes multas, confisco e destruição de material religioso, por parte da polícia
e das autoridades civis. Em particular, a polícia procede ao confisco e à destruição
de todos os textos de literatura religiosa que encontra nos seus controles feitos
em habitações dos “indiciados”.
Segundo o art. 244/3 do Código Penal, que pune
com até 3 anos de prisão a “produção ilegal, a posse, a importação e a distribuição
de literatura religiosa, muitos fiéis tiveram que cumprir penas na prisão, pelo simples
fato de terem “ensinado religião sem permissão”. É o caso de um protestante que, ao
negar a assinatura de uma declaração na qual afirmava não mais reunir-se com outros
cristãos e de destruir todos os textos religiosos em seu poder, passou três meses
na prisão; deixou a cadeia graças a uma anistia.
Os estudantes são submetidos
a um especial controle, intimados a evitar qualquer envolvimento com “religiões estranhas”
à tradição local, visto que em caso contrário lhes seria aplicado o artigo 240 parágrafo
2 do Código administrativo, que proíbe “atrair os fiéis para uma confissão ou para
atividades missionárias”.
Qualquer evento de massa ou atividade coletiva –
destaca a agência AsiaNews – é passível de denúncia para os cristãos que estão envolvidos,
como partidas de futebol ou em festas de aniversário. A motivação para tais perseguições
é que se trata de atividade “não conforme e não autorizada pelo estatuto” legislativo.
(SP)