2010-04-23 11:51:23

DECLARAÇÃO ECUMÊNICA PEDE NOVA ESPIRITUALIDADE PARA LIDAR COM A NATUREZA


Cochabamba, 23 abr (RV) - Concluiu-se ontem em Cochabamba, na Bolívia, a Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e os Direitos da Mãe Terra.

No final do evento, foi apresentada uma declaração ecumênica, na qual organizações e personalidades cristãs insistem na função positiva que as religiões e a espiritualidade podem desempenhar para obter uma coexistência mais harmoniosa entre a humanidade e a natureza.

"As mudanças climáticas são o produto de uma mentalidade humana que considera a natureza como objeto de dominação, exploração e manipulação, e o ser humano como dono e medida" – lê-se na declaração.

Os signatários reconhecem "que uma interpretação da tradição judaico-cristã contribuiu na história a fomentar este tipo de antropocentrismo e a exploração indiscriminada da natureza, mal interpretando a responsabilidade de cuidar da criação, a pedido de seu Criador".

A declaração ecumênica pede uma nova espiritualidade de coexistência respeitosa, que se forje em um diálogo entre os povos da Terra.

A coalizão organizou painéis sobre as religiões – especialmente o Cristianismo – e as mudanças climáticas, assim como a apresentação de publicações recentes sobre o tema.

Para o encarregado do Conselho Mundial de Igrejas sobre Mudanças Climáticas, Dr. Guillermo Kerber, a Conferência dos Povos ofereceu a oportunidade de escutar quem serão os mais afetados pelo clima.

A finalidade do evento, convocado pelo Presidente boliviano, Evo Morales, foi unir os defensores da natureza, analisar as causas estruturais que provocam as mudanças climáticas e elaborar propostas e medidas em favor da vida e da sobrevivência da Mãe Terra. (BF)







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