BENTO XVI DEIXA MALTA: CARIDADE É A BÚSSOLA DO CRISTÃO
Valletta, 18 abr (RV) - Do encontro com os jovens, em Valletta, Bento XVI se
dirigiu diretamente ao aeroporto internacional de Malta, em Luqa, onde se encerraram
as 26 horas de visita à Ilha.
Em seu discurso de despedida, o Papa mais uma
vez falou de São Paulo, o motivo de sua viagem, de como suas pregações plasmaram a
identidade espiritual do povo maltês: "No momento em que me despeço de vocês, permitam-me
encorajá-los a cultivar uma profunda consciência de sua identidade e a acolher as
responsabilidades que dela derivam. Sejam um exemplo de uma vida cristã dinâmica".
Como em alguns momentos de sua visita, Bento XVI falou novamente da questão
dos imigrantes – questão que está na ordem no dia devido à posição geográfica de Malta,
no coração do Mediterrâneo, o que faz da Ilha ponto de chegada e de trânsito para
os imigrantes oriundos da África e do Oriente Médio.
"Muitos imigrantes, disse
Bento XVI, chegam a Malta para fugir de situações de violência e de perseguição, outros
em busca de melhores condições de vida. Sei das dificuldades que o acolhimento de
um grande número de pessoas pode causar, dificuldades que não podem ser resolvidas
por qualquer país, sozinho. Ao mesmo tempo, estou confiante em que, contando com a
força das raízes cristãs e com a longa e orgulhosa história de acolhimento dos estrangeiros,
Malta tentará, com o apoio de outros Estados e das organizações internacionais, ir
ao encontro das pessoas que aqui chegam e garantir-lhes que seus direitos sejam respeitados."
Para
o Papa, unidade, solidariedade e respeito recíproco, inspirados pela fé católica,
são a bússola que guiará os malteses em busca de um autêntico e integral desenvolvimento,
sem se deixar levar pela indiferença e pelo relativismo. E concluiu com as palavras
de São Paulo: "Que tudo seja feito na caridade". (BF)