Porto Príncipe, 17 abr (RV) - Três meses depois do terremoto que devastou o
Haiti, a 12 de Janeiro, a Caritas já atendeu mais de 1 milhão e meio de sobreviventes
da tragédia. O terremoto causou 230 mil mortes, destruiu completamente as infra-estruturas
do país e deixou mais de 3 milhões de desalojados.
A organização católica ofereceu
comida, alojamento, água potável, locais seguros para que as crianças possam brincar
e estudar, além de assistência médica e psicológica. A rede da Caritas já mobilizou
mais de 10 milhões de euros para as operações no Haiti e planeja atuar no país ao
longo dos próximos 5 anos, procurando ajudar os habitantes a construir um país auto-suficiente.
A
organização trabalha em cooperação com diversos organismos internacionais para fornecer
alojamentos provisórios aos desalojados e até o momento já disponibilizou tendas para
cerca de 100 mil pessoas, em acampamentos improvisados.
Os projectos de assistência
médica já beneficiaram mais de 350 mil haitianos. Foram construídas 25 escolas provisórias
e 53 instituições de ensino receberam apoio para retomarem as suas actividades. A
Caritas desenvolve também uma série de projetos para crianças e suas famílias, separadas
pelo terremoto.
Entretanto, o presidente da Caritas Brasileira e bispo de Jales
(SP), Dom Demétrio Valentini se encontra no Haiti desde o início desta semana. Ele
está naquele país em nome da Caritas Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) e da Caritas Internacional. O motivo da visita é a realização de
um projeto da Caritas Brasileira e Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) para
abrir uma missão em Porto Príncipe, além de conferir os projetos da Caritas Brasileira
e Internacional em favor das vítimas do terremoto. (SP)