Padres do mundo inteiro convidados a comparecer em Roma no encerramento do ano sacerdotal em Junho próximo

(16/4/2010) O Cardeal Cláudio Hummes exortou os sacerdotes do mundo inteiro a comparecer em Roma para participar no encerramento do Ano Sacerdotal, com Bento XVI, como manifestação de solidariedade diante dos “ataques que lhe são dirigidos, no momento actual”.
Numa mensagem a respeito desta iniciativa, que decorre nos dias 9, 10 e 11 de Junho de 2010.o prefeito da Congregação para o Clero refere-se às críticas lançadas contra o Papa por causa dos escândalos de pedofilia.
"As acusações contra o Papa são evidentemente injustas e foi demonstrado que ninguém fez tanto quanto Bento XVI para condenar e combater correctamente tais crimes", afirma.
Para o Cardeal brasileiro, “a presença massiva dos presbíteros na Praça (de São Pedro, ndr)” seria “um sinal forte” da “decidida rejeição dos ataques de que é vítima” o Papa.
"Trata-se de oferecer ao amado Papa Bento XVI a nossa solidariedade, o nosso apoio, a nossa confiança e a nossa comunhão incondicional, diante dos frequentes ataques que lhe são dirigidos, no momento actual, no âmbito de suas decisões referentes aos clérigos que incorreram nos delitos de abuso sexual contra menores", indica D. Cláudio Hummes.
O responsável pela Congregação para o Clero admite que “alguns, mas proporcionalmente muito poucos, presbíteros cometeram horríveis e gravíssimos delitos de abuso sexual contra menores”.
Actos, acrescenta, que a Igreja tem de “rejeitar e condenar de modo absoluto e intransigente”.
Os abusadores, sublinha o colaborador do Papa, “devem responder diante de Deus e diante dos tribunais, também civis”.
“Estamos, antes de mais nada, ao lado das vítimas e queremos dar-lhes apoio tanto na recuperação como nos seus direitos ofendidos”, diz ainda.
As celebrações de encerramento do Ano Sacerdotal também proporcionarão aos sacerdotes a oportunidade de serem "confirmados" em sua missão, segundo o Cardeal.
"O Papa quer confirmar os presbíteros da Igreja. A vossa presença numerosa na Praça de São Pedro constituirá também uma forma propositiva e responsável dos presbíteros se apresentarem, prontos e não intimidados, para o serviço à humanidade, que lhes foi confiado por Jesus Cristo”, assinala a missiva do prefeito da Congregação para o Clero.