MINDANAO: EVANGELIZAR OS MUÇULMANOS

Manila, 14 abr (RV) - Promover o diálogo inter-religioso, compartilhando os valores do Evangelho também com os muçulmanos e ensinando nas escolas a cultura da paz. Essa é a missão do Frei Randy Glore Rendora, franciscano, e da Irmã Claire Marie R. Sy, missionária carmelitana de Santa Teresa do Menino Jesus. Os dois trabalham juntos na província de Lanao do Sul em Mindanao, região martirizada por mais de 40 anos de guerra entre o exército filipino e os rebeldes islâmicos.

Frei Randy Glore Rendora sempre realizou a sua missão no meio de católicos. Recentemente teve a oportunidade de passar um mês como hóspede de uma família muçulmana de Sogod, pequeno vilarejo nas proximidades da cidade de Marawi (Lanao ddo Sul), onde compartilho com eles a experiência do Evangelho. “Estava muito ansioso – conta ele – por causa dos meus preconceitos sobre os muçulmanos devido, sobretudo, por causa das imagens vistas através dos meios de comunicação, mas eles me trataram como um membro da família e mudaram o meu nome para Achmad, que em árabe significa “constante agradecimento a Deus”.

O missionário destaca a oportunidade de compartilhar os valores do Evangelho com os islâmicos. “Sem essa abordagem – afirma – a fé não é genuína e jamais poderá existir um verdadeiro diálogo entre cristãos e muçulmanos em Mindanao”.

Irmã Claire Marie trabalha, ao invés, como professora na Diocese de Malaybalay (Lanao do Sul). Uma vez ao mês junto com outras duas irmãs, ela realiza encontros e cursos de formação religiosa e espiritual em mais de 50 escolas públicas da região.

“É importante ensinar aos jovens estudantes a cultura da paz – afirma a religiosa –, estudantes e famílias de ambas as religiões desejam a paz para a região”.

As lições são destinadas a professores, estudantes e pais de ambas as confissões. “A missão da Igreja – finalizou a religiosa – é a de promover e investir no diálogo inter-religioso agora, e nós como missionários devemos dar tempo e forças para ajudar as novas gerações e amarem-se entre eles e a terem respeito pelas pessoas de fé diferente”. (SP)