2010-04-13 17:52:08

CPT: AUMENTAM CONFLITOS NO CAMPO


São Paulo, 13 abr (RV) - No próximo dia 15, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2009. É a 25ª edição do relatório que concentra dados sobre os conflitos, violências sofridas e ações de trabalhadores rurais, bem como comunidades e povos tradicionais em todo o país. O lançamento será no auditório da Editora da Unesp, em São Paulo (SP), a partir das 9h.

Por se tratar dos 25 anos da publicação, a CPT entende ser esse um momento de reflexão sobre esses dados e o que eles representam no cenário rural brasileiro. A necessidade de se publicar um livro com as denúncias dos conflitos sofridos pelos trabalhadores no campo brasileiro demonstra os poucos avanços na defesa dos direitos humanos no Brasil e na realização da tão sonhada reforma agrária. Por isso, a CPT irá realizar também um debate, na mesma data e no mesmo local, sobre a Criminalização dos Movimentos Sociais.

A publicação traz um olhar retrospectivo sobre os registros feitos pela CPT nestes 25 anos, apresentado pelos professores Carlos Walter Porto-Gonçalves e Paulo Roberto Raposo Alentejano. Segundo eles, os dados revelam “o caráter extremamente conflituoso e violento do modelo agrário-agrícola em desenvolvimento no Brasil nesses últimos 25 anos (1985-2009) e que revela a face oculta do tão decantado agronegócio.”

Frei Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional da CPT contra o Trabalho Escravo, olha os 25 anos de acompanhamento dos trabalhadores submetidos à degradação do trabalho escravo.

Esta edição mostra ainda que os conflitos envolvendo camponeses e trabalhadores do campo e a violência não só permanecem, como cresceram no ano de 2009. Houve aumento tanto do número total de conflitos – por terra, água, e motivos trabalhistas – quanto em relação especificamente aos conflitos por terra.

Estarão presentes no lançamento o presidente e o vice-presidente da CPT, Dom Ladislau Biernaski e Dom Enemésio Lazzares; a coordenadora nacional da entidade, Isolete Wichieniski, o secretário da coordenação nacional, Antonio Canuto e o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Walter Porto Gonçalves. (CM-CNBB)







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