Castel Gandolfo, 11 abr - Centenas de fiéis participaram hoje da oração mariana
dominical do Regina Coeli junto com o Papa, em sua residência de Castel Gandolfo.
O pátio ficou pequeno para acolher a multidão de fiéis que com bandas musicais, coros
e faixas coloridas alegraram o encontro com o Pontífice.
Em seu breve discurso,
Bento XVI frisou que neste II Domingo de Páscoa, em que se celebra a Divina Misericórdia,
“testemunhá-la torna Jesus ainda mais familiar”.
O Papa explicou que depois
da Ressurreição, Jesus não se limitou a visitar seus discípulos, mas foi além, para
que todos recebessem o dom da paz e da vida com o ‘Sopro criador’. Bento XVI encorajou
os sacerdotes para que, “iluminados por esta palavra, sigam o exemplo do Santo Cura
D’Ars”, padre francês morto no século XIX e santificado por suas qualidades morais
e de fé. “Ele soube transformar os corações e as vidas de tantas pessoas, conseguindo
fazê-las perceber o amor misericordioso do Senhor” – completou.
Para o Papa
Ratzinger, “hoje existe a necessidade urgente de um anúncio e de um testemunho da
verdade e do Amor como aqueles. Só assim – disse – será mais familiar e próximo Aquele
que nossos olhos não viram, mas de cuja infinita misericórdia temos absoluta certeza”.
A este respeito, Bento XVI recordou que ao canonizar Irmã Maria Faustina Kowalska,
em 30 de abril de 2000, João Paulo II dedicou este domingo à Divina Misericórdia;
e saudou de modo especial os peregrinos que vieram a Roma especialmente para esta
ocasião.
Após rezar a oração mariana, o Papa recordou a tragédia que comoveu
a Polônia neste sábado, com a morte do Presidente, Lech Kaczynski, em um acidente
aéreo. O Pontífice voltou a expressar a sua ‘profunda dor’ pela catástrofe que deixou
96 mortos, dentre os quais vários expoentes do Estado polonês.
“Ao expressar
meu profundo pesar, asseguro de coração a minha oração de sufrágio pelas vítimas e
de apoio para a amada nação polonesa”.
Também em polonês, o Pontífice se dirigiu
aos fiéis da Polônia presentes no pátio de Castel Gandolfo:
“Com profunda dor,
recebi a notícia da trágica morte do Sr. Lech Kaczynski, presidente da Polônia, sua
esposa e a comitiva que os acompanhava. Morreram em viagem para Katyn, local do suplício
de milhares de oficiais militares poloneses, setenta anos atrás. Confio todos ao misericordioso
Senhor da vida, unindo-me aos peregrinos que estão reunidos no Santuário de Lagiewniki
e a todos os devotos da misericórdia de Deus no mundo inteiro”.
Em seguida,
o Papa se referiu à exposição pública do Santo Sudário, que começou ontem na cidade
de Turim, no norte da Itália, até o próximo dia 23 de maio, e que ele também visitará
no próximo dia 2 de maio.
“Alegro-me por este acontecimento, que uma vez mais
atrai um grande movimento de peregrinos, além de suscitar novos estudos e reflexões
e evocar o mistério do sofrimento de Cristo. Espero que este ato de veneração ajude
todos a procurar o rosto de Deus”.
Como todos os domingos, o Papa concedeu
aos fiéis presentes, ouvintes e telespectadores a sua benção apostólica. (CM)