Cidade do Vaticano, 09 abr (RV) - O Evangelho de hoje nos apresenta vários
ensinamentos:
Pedro diz que vai pescar e seus companheiros aceitam sua liderança
e se unem a ele. Contudo não basta a união do grupo. Apesar da união e colaboração
de todos no trabalho, nada pescam naquela noite. Somente quando aparece Jesus é que
conseguem frutos. Não basta a boa vontade, não basta a dedicação ao trabalho, a colaboração.
É imprescindível a presença do Senhor! (cfr. Álvaro Barreiro, SJ)
Por outro
lado aprendemos que o Ressuscitado vai ao encontro dos discípulos quando estão juntos.
Colocar à serviço da comunidade os carismas recebidos, mesmo em situação de dificuldade
e aridez, é condição para ouvir a voz do Senhor, para fazer a experiência do encontro
com ele.
Também se aprende que à noite dos esforços inúteis, segue o amanhecer,
o dia que não tem fim, a ressurreição!
Os discípulos, como nas aparições anteriores,
vêem Jesus, seus gestos, escutam sua voz, mas não o reconhecem. Repentinamente repete
o sinal da superabundância do vinho, da multiplicação dos pães. João, que é movido
pelo amor, reconhece na abundância de peixes o sinal do Senhor. Pedro, ao ouvir João
dizer que o desconhecido era o Senhor, também movido por amor, se lança na água e
vai ao seu encontro.
Na Igreja, simbolizada pela barca de Pedro, há muitos
dons e carismas, muitos talentos e muitas formas de serviço.
Jesus ressuscitado
continua sendo aquele que veio para servir e não ser servido, por isso os recebe com
uma grelha já acesa e um peixe nela. E Jesus pede que eles tragam seus peixes para
unir ao seu que está na grelha. O Senhor pede a colaboração dos amigos.
Por
ser o Sacramento da comunhão com Deus e com os irmãos, a Eucaristia é apresentada
no fim do relato, como momento culminante.