Cidade do Vaticano, 08 abr (RV) - O relato do Evangelho de hoje começa com
a frase “os discípulos contaram o que tinha acontecido pelo caminho, e como tinham
reconhecido Jesus ao partir o pão”. Isso significa uma ponte entre o tema de ontem
e o e hoje. Ontem Jesus abriu os olhos dos discípulos para enxergarem com os olhos
da fé. Hoje, dá-se destaque ao corpo.
Era muito difícil para os discípulos
de cultura grega acreditar no valor do corpo e em sua ressurreição. Jesus fala para
seus apóstolos tocarem nele, constatarem que é ele mesmo, com o corpo outrora crucificado.
O corpo ressuscitado é diferente daquele que foi sepultado, mas ao mesmo tempo, Jesus
faz questão de afirmar que não é um fantasma, é uma pessoa que possui um corpo, que
tem tudo ver com nosso mundo. Por isso pede comida, apesar de não precisar comer.
Ao
mesmo tempo, Jesus relata, como no caso de Emaús, o fio condutor da Sagrada Escritura,
o plano de Deus para a redenção humana. Como esse plano ainda não chegou ao fim, faz
com que eles sejam testemunhas da ressurreição quando lhes dá a tarefa de a anunciarem
até os confins do mundo. A Igreja tem a missão de realizar o que lhe cabe, dentro
dos planos do Pai, a tarefa de anunciar a ressurreição de Jesus.
Tenhamos consciência
de que o batismo nos inseriu na Igreja e, portanto, a missão de levar ao mundo a alegria
de saber-se amado por Deus, a esperança de que seu desejo de felicidade plena será
saciado e a consolação do amara e ser amado plenamente, é nossa missão.