2010-03-31 13:56:15

O drama habitacional em Luanda


(31/3/2010) Luanda é a terceira maior cidade lusófona, com cerca de cinco milhões de habitantes. O drama habitacional, uma experiência vivida por muitas capitais africanas, é a consequência do êxodo rural, agravado com cerca de três décadas de guerra civil.
O ministro angolano José da Silva Ferreira esteve no Rio de Janeiro para participar no 5º Fórum Urbano Mundial e garantiu que pretende realizar, ainda este ano, um fórum nacional para discutir o desenvolvimento urbano em Angola.
Além de um plano director que está a ser traçado para Luanda, as autoridades angolanas enfrentam o desafio de conter o crescimento desordenado da capital.
A estratégia agora é promover a habitação social, através do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação. O "Meu Sonho, Minha Casa" prevê, até 2012, a construção de um milhão de casas.
Semelhante ao programa brasileiro "Minha Casa, Minha Vida" para reduzir o défice habitacional, o programa angolano utiliza uma outra modalidade, explica José Ferreira.
"É igual em termos de metas, um milhão de habitações, mas enquanto no Brasil o sistema é a contratação de empreiteiros, nós em Angola temos outra modalidade - dar a população o material para construir a sua própria casa".
Segundo um recente relatório sobre as cidades das Nações Unidas, o deslocamento da população do campo para as capitais africanas, como em Luanda, foi feito de forma prematura.
Angola figura na lista dos países africanos que apresentaram uma grande taxa de crescimento económico entre 2006 e 2007 (21 por cento) sem que acompanhasse o crescimento da população urbana.
O país apresentou um forte crescimento tendo como motor a extracção do petróleo, contudo os moradores em bairros de barracas são a maioria, mais de 80 por cento da população urbana.








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