Jerusalém, 30 mar (RV) - "Este ano os cristãos celebrarão juntos a Páscoa,
mas aos cristãos da Terra Santa não foi permitido entrar em Jerusalém. Medidas como
muros e inspeção nas estradas não somente sufocam os palestinos, mas também a paz
em Israel e Palestina."
Estas são as palavras do ex-pároco de Gaza, Pe. Manuel
Musallam, hoje membro da Comissão Cristão-islâmica para os Lugares Sagrados e Jerusalém.
Para
o sacerdote cada pedra do muro de separação e toda casa destruída por Israel aumentarão
o ressentimento, mas toda forma de cooperação com os palestinos dará a Israel esperança
para um futuro de paz.
Em relação às festas pascais, Pe. Musallam disse que
milhares de turistas não poderão realizar a Via Sacra com os palestinos. Quando entrarão
no Santo Sepulcro ficarão surpresos ao ver a Polícia israelense.
"Páscoa significa
libertação do pecado e da escravidão, mas aqui escravidão e humilhação pesam ainda
sobre os cristãos. Jerusalém era a cidade de Deus, da paz e da oração e agora se tornou
cidade da guerra e do ódio" – frisou o sacerdote.
Pe. Musallam disse que está
perplexo com o grande silêncio do mundo e da comunidade internacional. "Rezemos pela
paz em Jerusalém, que tenha paz em seus muros e seus palácios" – concluiu. (MJ)