Roma, 30 mar (RV) - Desde 2004, uma Federação de associações, fundações e centros
de estudo - inspirados no carisma de Santo Inácio de Loyola e ligados à Província
Italiana da Companhia de Jesus - atua junto a menores com problemas, portadores de
deficiências, imigrantes, encarcerados e moradores de rua.
É a Rede de Obras
Sociais dos Jesuítas, JSN, criada formalmente há 6 anos, mas nascida de uma longa
experiência de apostolado social que tem raízes na obra de Santo Inácio. Seu secretário,
Daniele Frigeri, a ilustrou à RV:
“Inácio foi o primeiro aqui em Roma a começar
as atividades sociais da Companhia, com um refeitório para pobres e recuperação de
prostitutas. Inácio foi muito claro com seus primeiros companheiros a respeito da
necessidade de manter contato com os pobres. O compromisso com a promoção social
é fundamental para entendermos a realidade em que vivemos e para mudar as estruturas
geradoras da injustiça. Foi esta a inspiração para o método de Inácio”.
A
Rede JSN é a resposta ao desafio de colocar na prática esta inspiração, em pleno século
21. A Federação tem a adesão de associações que se reconhecem, de algum modo, na Companhia.
À pergunta “quem pode colaborar com a JSN?”, Daniele explica que o voluntariado
é o recurso fundamental. Muitos, generosos e constantes, ajudam no serviço de refeitório
e nos dormitórios, onde a colaboração é aberta a todos. O mais importante, ressalta,
é a disponibilidade de se relacionar com o próximo, uma característica fundamental
da atividade da Companhia.
Animada pelo mesmo carisma inaciano, mas com uma
acentuada vocação missionária internacional, a Fundação Magis, Movimento e Ação dos
jesuítas italianos para o Desenvolvimento está engajada desde 1988 em países menos
desenvolvidos. Seu presidente, Marco Petrini, relata alguns projetos de solidariedade:
“Em Madagascar, missionários jesuítas italianos trabalham ao lado de jesuítas
locais. Funciona na ilha um projeto chamado ‘Êxodo Urbano”, que promove o retorno
dos imigrantes de áreas rurais a seus campos, no interior do país. Gradualmente, o
trabalho destas pessoas transformou terras áridas e inférteis em campos cultivados.
Construíram escolas, casas e até um pequeno hospital”.
Na Albânia, a Magis
atua com um projeto institucional, ao lado do Ministério do Exterior, em uma intervenção
em favor de crianças com deficiências auditivas. (CM)