Comunhão e liberdade religiosa no centro da reunião no Vaticano sobre a Igreja na
China
(25/3/2010) Os bispos e padres que desde há muito tempo se encontram privados da
liberdade na China possam o mais depressa possível exercer de novo o seu ministério
episcopal e sacerdotal a favor dos fiéis confiados aos seus cuidados pastorais. Este
o pedido formulado pelos membros da comissão instituída por Bento XVI em 2007 para
estudar as principais questões da Igreja católica chinesa. A reunião do organismo,
como explica um comunicado da Sala de imprensa da Santa Sé, enfrentou os tema da formação
humana, intelectual, espiritual e pastoral dos seminaristas e das pessoas consagradas
e a formação permanente dos sacerdotes. Á luz da carta do Santo Padre aos católicos
chineses de 27 de Maio de 2007 a comissão reflectiu sobre a maneira de promover a
unidade no interior da igreja católica na China e de superar as dificuldades que
esta encontra nas suas relações com a sociedade civil. Foi unânime o auspicio que
todos os bispos na China estejam cada vez mais empenhados no favorecimento do crescimento
da unidade da fé e da vida de todos os católicos, evitando gestos, como celebrações
sacramentais, ordenações episcopais, participação em reuniões, que contradizem a comunhão
com o Papa que os nomeou Pastores e criam dificuldades, ás vezes angustiantes, no
seio das respectivas comunidades eclesiais. Neste sentido manifesta-se a esperança
de que a superação das actuais dificuldades que dizem respeito á liberdade de fé da
Igreja chinesa se verifique através do dialogo respeitoso e aberto entre a Santa Sé
e as autoridades do governo que leva a um acordo promissor vantajoso para a comunidade
católica e para a convivência social. E precisamente para superar também as dificuldades
nas relações com a sociedade civil,a Comissão pediu uma renovada promoção da unidade
no interior da igreja chinesa. Existe a consciência – salienta o comunicado final,
que o caminho do perdão e da reconciliação não poderá realizar-se de hoje para amanhã,
assim como existe a certeza de que a Igreja inteira acompanha este caminho que culminará
na oração de 24 de Maio próximo, dia de oração pela Igreja na China.