2010-03-24 10:12:22

SANTA SÉ: DESRESPEITO A MINORIAS FERE A FAMÍLIA HUMANA


Genebra, 24 mar (RV) - O Arcebispo Silvano Tomasi, representante da Missão Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Genebra, falou ontem durante a 13 ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, que abrange questões de racismo, discriminação racial, xenofobia e formas conexas de intolerância.

Dom Tomasi centrou seu discurso no tema das perseguições religiosas a minorias, e citando recentes episódios de ridicularização da religião, de desrespeito por personalidades e símbolos religiosos, discriminação e assassinatos de seguidores de religiões minoritárias. Esta conotação negativa da religião no espaço público fere a coexistência pacífica e os sentimentos de segmentos importantes da família humana.

A proteção do direito à liberdade religiosa é particularmente importante, uma vez que os valores religiosos são uma ponte para os direitos humanos. A dignidade humana, de fato, está enraizada na união das componentes espiritual e material da pessoa.

O respeito do direito de todos à liberdade religiosa não exige a secularização completa da esfera pública ou o abandono de todas as tradições culturais; enquanto o respeito da liberdade de expressão não autoriza o desrespeito dos valores partilhados por uma sociedade particular.

O Arcebispo relançou a proposta de realizar um congresso sobre a liberdade de religião, reunindo temas evocados pelas novas formas de pluralismo social e uma compreensão mais acurada da dignidade humana.

Dom Tomasi frisou que a Delegação da Santa Sé está convencida que um bom caminho para a coexistência pacífica seria uma atitude mais positiva em relação às religiões e culturas, e, por conseguinte, através de um melhor diálogo entre as diferentes crenças, da promoção sincera do direito à liberdade de religião em todos os seus aspectos, e de um debate franco e aberto entre os representantes das diferentes religiões.

Concluindo, a Santa Sé convida os países-membros do Conselho a inspirar-se nestes incidentes de intolerância religiosa e cultural e transformá-los numa oportunidade para um novo compromisso com o diálogo e com a reafirmação do direito e do valor de pertença a uma comunidade de fé ou crença.

Tal escolha individual, no entanto, é uma expressão pessoal dos direitos humanos fundamentais, e consequentemente, deve ser sempre exercida no contexto do bem comum. (CM)







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